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SÃO PAULO – Em seu primeiro depoimento à Justiça após ter feito um acordo de delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que o esquema de corrupção na estatal financiou as campanhas de três partidos nas eleições de 2010: PT, PMDB e PP, conforme informou a Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Naquele ano, foram disputadas eleições para presidente, governadores e deputados.
Sérgio Machado, presidente da Transpetro que tem ligações com o PMDB, também teria participado das irregularidades. Paulo Roberto disse ter recebido R$ 500 mil do presidente da Transpetro, citando também o ex-diretor da estatal também citou José Eduardo Dutra, atual diretor da Petrobras e ex-presidente da BR Distribuidora, como participante dos esquemas do grupo. Dutra também presidiu o PT.
Segundo Paulo Roberto, três ex-diretores da Petrobras fizeram parte do esquema, incluindo Nestor Cerveró, Jorge Zelada e Renato Duque.
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Ele reconheceu ainda ter recebido dinheiro da Odebrecht, citou o nome do executivo Márcio Farias como sendo seu contato, mas não citou valores, de acordo com o advogado Haroldo Nater, que defende Leonardo Meirelles, apontado como laranja do doleiro Alberto Youssef no laboratório Labogen, usado para lavar dinheiro.
Paulo Roberto disse que a propina correspondia a 3% do valor líquidos de contratos da Petrobras, que eram divididos entre ele e partidos políticos. Afirmou também que o CNCC, consórcio liderado pela Camargo Corrêa, pagou propina para ganhar obras da Petrobras, segundo seu advogado, Antonio Augusto Figueiredo Basto. Basto disse que políticos lideravam o esquema, e não Yousseff, como acusa a PF.
A notícia envolvendo ligações entre Paulo Roberto Costa e o esquema de propina na Petrobras não é propriamente uma novidade. Em setembro, a revista Veja informou que PP, PMDB e PT estariam envolvidos no esquema de propina na estatal.
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