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SÃO PAULO – A passagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela região Sul tem sido marcada por momentos de muita tensão. No último domingo (25), por exemplo, manifestantes contrários ao petista jogaram ovos em seu palanque em ato realizado em São Miguel do Oeste (SC).
Mais cedo, os manifestantes contrários à presença da caravana na cidade receberam os ônibus com ovos e pedras — a janela da frente do ônibus em que estava Lula acabou quebrada. Durante o comício, assessores chegaram a segurar guarda-chuvas ao redor de Lula para evitar que ele fosse atingido. “Esse cidadão está esperando que a gente fique nervoso, suba lá e dê uma surra nele. A gente não vai fazer isso. Eu espero que a PM tenha a responsabilidade de entrar naquela casa, pegar esse canalha e dar um corretivo nele, que ele precisa ter para não atacar ovo nas pessoas”, disse o ex-presidente.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, os petistas, apesar de classificarem as agressões como atos organizados por grupos isolados, preparam-se para explorá-las politicamente. A ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-chanceler Celso Amorim “denunciarão” os ataques em entrevista a jornalistas estrangeiros nesta segunda, no Rio de Janeiro. Enquanto isso, a rota prevista para a viagem está mantida. Lula pretende encerrar o giro pela região em Curitiba, na quarta (28).
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O objetivo dos petistas é buscar espaço na imprensa estrangeira para difundir a ideia de que Lula foi alvo de tentativas de intimidação, enquanto também devem acusar as polícias estaduais da região de conivência com os agressores.
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