Eduardo Girão retira candidatura e declara apoio a Rogério Marinho no Senado

Parlamentares votam nesta tarde quem será o novo mandatário da Casa Revisora

Luís Filipe Pereira

Plenário do Senado Federal (Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Plenário do Senado Federal (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) retirou a candidatura à presidência do Senado Federal e declarou apoio ao senador Rogério Marinho (PL-RN). O anúncio foi feito em pronunciamento aberto aos parlamentares, que votam na tarde desta quarta-feira (1º) quem será o novo mandatário da Casa Revisora.

Em sua fala, Girão defendeu o voto aberto e disse trabalhar por um Senado independente e pragmático, mais próximo da população e das demandas da sociedade, sem qualquer posicionamento que o aproxime do governo federal, ou que o distancie.

“Todos aqui, gostem ou não, democrática e legitimamente foram eleitos por estarem representando seus estados. Para isso, defendo o fortalecimento do diálogo sim, interno, nas tomadas de decisões, além de garantir a votação em Plenário anualmente de pelo menos um projeto de lei proposto por cada Senadora e Senador. Se vai passar ou não, faz parte do processo democrático, mas os eleitores têm direito sim de verem os temas compromissados na campanha sendo debatidos e votados aqui”, frisou.

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A disputa tem Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como favorito. Além de apoio do Palácio do Planalto, o parlamentar tem ao seu lado sete partidos: PSD (14), MDB (10), PT (9), PDT (3), PSB (2), Cidadania (1) e Rede Sustentabilidade (1), que somam 40 dos 81 assentos na próxima legislatura.

Já Marinho conta com o apoio formal de três siglas – além do apoio recém-declarado de Girão – que fizeram parte da espinha dorsal de sustentação ao governo anterior: PL (13), PP (6) e Republicanos (4), com 23 representantes. O confronto é visto no meio político como um nova disputa entre Lula e Bolsonaro. Apesar de estar em viagem aos Estados Unidos desde os últimos dias de seu mandato, o ex-presidente tem participado ativamente de conversas com senadores em busca de votos ao aliado.

Podem pesar na disputa a possível distribuição de cargos na formação da nova Mesa Diretora da casa legislativa, que para sua composição deverá seguir a regra da proporcionalidade partidária, e mesmo assim não está imune a eventuais manobras pautadas por acordos de cúpula.

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