Doação de campanha eleitoral no Brasil é uma grande falácia, diz Paulo Roberto Costa

Em um dos termos da delação premiada, ex-diretor de abastecimento da Petrobras afirmou que não existem doações para campanhas políticas no Brasil, mas empréstimos a juros altos de quem recebeu recursos para a eleição

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e um dos principais delatores do esquema de corrupção na companhia, afirmou em um dos termos da delação premiada que não existem doações para campanhas políticas no Brasil, mas empréstimos a juros altos de quem recebeu recursos para a eleição.

O depoente menciona que é uma grande falácia afirmar que existe ‘doação de campanha’ no Brasil, quando na verdade são verdadeiros empréstimos a serem cobrados posteriormente a juros altos dos beneficiários das contribuições quando no exercício dos cargos”, diz o trecho da delação premiada.

Segundo Costa, os gastos oficiais em campanha representam um terço do que é usado no pleito, enquanto os outros dois terços seriam provenientes de recursos ilícitos ou não declarados.

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Ele disse ainda que “nenhum candidato no Brasil se elege apenas com caixa oficial de doações”. O ex-diretor ainda disse que, nas empresas públicas, só se chegam a cargos de alto comando pessoas indicadas por partidos políticos que, se não atenderem aos interesses das siglas, são “imediatamente” substituídas.


Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.