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SÃO PAULO – O ex-executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Junior apresentou uma lista para o Ministério Público onde aponta os pagamentos que a empreiteira fez via caixa dois para pelo menos 179 políticos. De acordo com os dados, entre 2008 e 2014 foram R$ 246 milhões em repasses ilegais.
Um dos principais nomes citados na planilha é o do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com quase R$ 62 milhões em caixa dois. Já o ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD-SP), aparece como beneficiário de R$ 21,2 milhões em recursos não declarados à Justiça Eleitoral. Ele aparece com os codinomes “Kibe”, “Chefe Turco” e “Projeto”.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é outro que está nos documentos, tendo recebido R$ 9,6 milhões em pagamentos via caixa dois em 2010 e 2014.
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Entre os motivos usados para justificar os pagamentos ilegais aos políticos está a disposição dele para apresentar emendas ou defender projetos de interesse da empreiteira. Foram 60 doações desse tipo. A lista consta ainda 111 repasses a políticos que não estavam concorrendo a cargos públicos nas eleições.
Silva Junior afirma que “todos os pagamentos constantes da planilha anexa, realizados por pessoas ligadas diretamente a mim, só puderam ser efetuados a partir da minha autorização, ainda que a definição de candidato e a negociação dos valores tenha ficado a cargo de executivos da minha equipe”.
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