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SÃO PAULO – As negociações do acordo de delação do ex-presidente e sócio da OAS Léo Pinheiro travaram por conta da narrativa do empreiteiro sobre dois episódios envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo afirma o jornal Folha de S. Paulo.
Pinheiro, segundo o jornal, disse que as obras que a empreiteira fez no apartamento tríplex do Guarujá (SP) e no sítio de Atibaia (SP) foram uma forma de agradar a Lula, e não contrapartidas a algum benefício que o grupo tenha recebido, versão esta considerada pouco crível pelos procuradores. Para os investigadores, o empreiteiro busca preservar Lula com a sua narrativa.
Pinheiro narrou que o petista não teve qualquer papel na reforma do apartamento e nas obras do sítio. A reforma, segundo o empresário, foi solicitada em 2010, por Paulo Okamotto, que preside o Instituto Lula. Okamotto confirmou à PF que foi ele quem pediu as obras no sítio. Já a reforma no tríplex do Guarujá foi uma iniciativa da OAS para agradar ao ex-presidente, afirmou Pinheiro. A OAS gastou cerca de R$ 1 milhão na reforma, mas a família de Lula não se interessou pelo imóvel, afirmou ele a seus advogados que negociam a delação, em versão igual à apresentada pelo petista.
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Procuradas pelo jornal, a OAS e o Instituto Lula não quiseram se pronunciar.
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do mesmo jornal, o sítio que Lula frequentava em Atibaia também será objeto de delação premiada, desta vez da Odebrecht. A empreiteira financiou parte da reforma do imóvel e dará detalhes da negociação para realizar as obras. Segundo o jornal, a empreiteira também se comprometeu a dar também informações sobre conversas que teve com o governo de Dilma Rousseff para que ele a ajudasse na Justiça. Dilma nega qualquer tentativa de interferir na Operação Lava Jato.
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