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SÃO PAULO – Depois de sofrerem uma preocupante desvalorização de 24,69% na semana passada até quinta-feira, as ações preferenciais classe A da Comgás fecharam o pregão da última sexta-feira com alta de 2,65%, cotadas a R$ 213,00.
As variações das ações encontram justificativa na Bolívia e em sua crise política. Primeiro, os temores de escassez no fornecimento de gás natural, dependente de importações bolivianas, impuseram forte incerteza sobre o desempenho da Comgás.
Passado o pavor inicial, outras opiniões menos preocupantes vieram à tona, contribuindo para uma sexta-feira mais amena para a distribuidora.
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Risco de “apagão do gás” incomoda distribuidora
Na quinta-feira, houve uma baixa de 10,17% das ações preferenciais. A Comgás sofria os efeitos das declarações do Diretor Internacional da Petrobrás, amplamente divulgadas na mídia.
Nestor Cerveró admitiu que os primeiros sinais de crise no abastecimento poderiam ocorrer entre seis e sete dias, devido à dificuldade de acesso ao gás natural da Bolívia.
A crise tem o potencial de afetar gravemente a distribuição de GN no estado de São Paulo. Cerca de 40% dos 24 milhões de metros cúbicos importados da Bolívia são consumidos na região metropolitana, onde atua a Comgás. Essas importações representam 75% do consumo de gás natural no estado.
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Esperança da Comgás no discurso político
Aliviando as pressões sobre o mercado de gás, a ministra de Minas e Energia Dilma Roussef estendeu o prazo de uma semana, estimado por Cerveró: “ainda temos condições de contornar esses problemas por mais de duas semanas”.
O comentário chegou à imprensa na última sexta-feira, após a ministra participar de uma reunião do Conselho Superior de Infra-Estrutura (Coinfra), em São Paulo.
A distribuidora também foi beneficiada pelo cenário político da Bolívia. O novo presidente do paísa, Eduardo Veltzé, tomou posse negociando uma trégua de 10 dias com os protestantes do país. Esse intervalo deve permitir o avanço da regularização do mercado de petróleo e gás boliviano.
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