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(ANSA) – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado marcou para o dia 29 de setembro o depoimento do empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e um dos principais apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no setor empresarial. A convocação havia sido aprovada em junho, mas sem data definida.
Hang voltou à cena após o depoimento do diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito, que reconheceu que a rede hospitalar alterava o prontuário médico de pacientes com Covid-19 após 14 ou 21 dias de internação.
A mãe do empresário, Regina Hang, teria sido uma das vítimas dessa fraude. Ela foi internada no hospital Santa Maria Maggiore, que pertence à rede, por ter contraído o coronavírus Sars-CoV-2, mas o atestado de óbito não apresenta como uma das causas do falecimento a Covid-19.
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Segundo apurações do jornal O Estado de S. Paulo e da Rede Globo, com base em um dossiê de médicos e ex-profissionais da Prevent Senior, os pacientes recebiam o chamado “kit Covid”, alardeado pelo governo de Bolsonaro como “tratamento preventivo”, mesmo que tivessem apenas com suspeita da doença.
A instituição teria conduzido um estudo clínico – que depois chamou apenas de compilação de dados – para atestar a eficácia das drogas, que incluem cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina, entre outros.
Inúmeros são os estudos internacionais que mostram que essas medicações não tem nenhuma eficácia contra a Covid-19 e podem aumentar os riscos de reações graves em pessoas com problemas cardíacos.
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Em postagens nas redes sociais, após a morte da mãe, Hang chegou a dizer que a idosa não recebeu o “tratamento precoce” e questionou o que poderia ter acontecido se ela tivesse tomado.
Nos prontuários médicos que os veículos de imprensa tiveram acesso, porém, consta que ela recebeu o “kit Covid”.
Além do dono da Havan, também foi convocada a advogada da Prevent Senior, Bruna Morato, para falar sobre as possíveis irregularidades cometidas pelo plano.
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