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BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse nesta quinta-feira em depoimento à CPI que investiga as operações do banco que a instituição não tem exposição a empreiteiras envolvidas na Lava Jato, apenas a projetos em que elas possam ser sócias.
Coutinho afirmou que não há crédito do BNDES direto para empreiteiras e que o banco tem que ter cautela no tratamento dado a essas empresas, caso a caso, dentro da lei e de suas normas.
O pedido de criação da CPI, apresentado pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), requer a investigação de empréstimos considerados suspeitos pela operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção bilionário envolvendo estatais, órgão do governo, empreiteiras, partidos e políticos.
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Segundo Coutinho, o BNDES cumpre com folga todas as regras do regulador e tem a mais baixa inadimplência do sistema financeiro nacional.
O requerimento da CPI também pede que sejam apurados empréstimos classificados como secretos concedidos a países como Angola e Cuba e outros considerados questionáveis do ponto de vista do interesse público.
Ao destacar que as decisões do BNDES são pautadas por um processo rigorosamente impessoal e sem motivação política, Coutinho afirmou que não há dinheiro a fundo perdido para Cuba e que empréstimos concedidos para a construção do porto de Mariel, na região de Havana, foram feitos a taxas internacionais.
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(Reportagem de Leonardo Goy)
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