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SÃO PAULO – Em trecho do que seria a sua delação premiada, o ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, afirmou que a presidente Dilma Rousseff “sabia de tudo de Pasadena” e que ela “me cobrava diretamente”.
A informação veio a público através de um trecho da conversa entre o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) com o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, e o filho do ex-diretor, Bernardo, que acabou culminando na prisão do político na última quarta-feira.
A refinaria de Pasadena está localizada nos Estados Unidos e, na avaliação do TCU (Tribunal de Contas da União), teve superfaturamento de US$ 792 milhões. Ela foi comprada após encaminhamento favorável da agora presidente Dilma, que era na época presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Dilma chegou a afirmar que só aprovou a compra porque o conselho recebeu um resumo técnico “falho” e “incompleto” sobre a aquisição.
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Na conversa registrada nas gravações, Delcídio cita trecho da minuta da delação de Cerveró que ele teria acesso e ainda cita que uma parte do texto em que o ex-diretor teria dito que a presidente “acompanhava tudo de perto”.
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