Bolsonaro e Alckmin disputam uma vaga no segundo turno contra o PT, diz cientista político

Para Murillo de Aragão, três características mostram que um candidato do PT deverá estar no segundo turno

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Durante o mais recente Painel WW, apresentado por William Waack na última sexta-feira (10), o cientista político e presidente da Arko Advice, Murillo de Aragão, avaliou a corrida eleitoral e apontou que Jair Bolsonaro e Geraldo Alckmin estão disputando uma vaga no segundo turno para enfrentar o candidato do PT.

Segundo ele, os fundamentos neste momento apontam vantagens competitivas para dois candidatos. O primeiro seria o candidato de Lula, que terá uma narrativa que encanta cerca de 30% do eleitorado, com uma estrutura forte, o que deve garantir votos o suficiente para passar para o segundo turno.

“É um candidato que terá uma plataforma partidária forte, com recursos partidários abundantes e com tempo de televisão”, explica. “Juntando essas três características, os fundamentos apontam que um candidato do PT deverá estar no segundo turno”, diz Aragão.

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

O outro candidato com algumas vantagens seria Bolsonaro, que para o cientista político tem uma narrativa forte, mas não tem estrutura. “Temos que saber se a popularidade angariada pelas narrativas vai se transformar em voto”, avalia ele. E por conta disso, que Aragão aponta que está segunda vaga ainda está aberta, com o deputado disputando com Alckmin um lugar no próximo turno.

“O paradoxal é que todos querem enfrentar Bolsonaro, porque pensam que ganharão dele [em eventual segundo turno]”, afirma ele ressaltando que está será uma “eleição muito diferente”, em que os fundamentos estão muito abalados.

“Outro ponto que temos que ter cuidado é que estas eleições têm também palanques estaduais, elas têm agendas estaduais, com campanhas de senador e deputado, então não é apenas uma opção para presidente da república. É diferente do que foi, por exemplo, a eleição do [Fernando] Collor, que foi uma eleição solteira”, explica o cientista político.

Continua depois da publicidade

Por fim, o presidente da Arko cita o poder das redes sociais para Bolsonaro, dizendo que apesar do deputado se sair bem nestas plataformas, ainda existem muitas dúvidas de qual será o real poder que elas terão para dar mais votos para ele conseguir realmente ser eleito presidente.

Quer investir em ações com a menor corretagem do Brasil? Clique aqui e abra sua conta na Clear

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.