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BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à CNN Brasil, que tem uma ligação marcada com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na próxima segunda-feira, e que dirá ter a solução para a guerra, indicando que a Ucrânia deve entregar as armas.
“Eu posso adiantar para ele o que eu acho. A solução para o caso… Eu sei como seria solucionado, mas não vou falar para ninguém. Eu posso até adiantar para vocês… Como é que acabou a guerra da Argentina com o Reino Unido em 1982? É por aí… A gente lamenta tudo que acontece, mas a realidade, a verdade, são coisas que doem, machucam, mas você tem que entender”, afirmou.
A guerra das Malvinas, em 1982, aconteceu depois que a Argentina invadiu as ilhas, que ficam dentro de seu mar territorial mas são território britânico. Em pouco mais de dois meses, os argentinos, sem o mesmo potencial bélico e treinamento dos britânicos, tiveram que aceitar a derrota.
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Bolsonaro contou que Zelensky pediu a conversa.
“Eu de imediato falei que converso com ele sim. Ele tem um país ali grande para administrar. Essa guerra tem causado transtornos enormes, para o Brasil menos, é muito mais para a Europa”, afirmou.
Desde o início da guerra, apesar de a diplomacia brasileira ter condenado a invasão, Bolsonaro estreitou sua relação com o presidente russo, Vladimir Putin, e nunca condenou pessoalmente a ação russa.
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Sem aderir às sanções internacionais impostas ao país, o governo brasileiro manteve negociações com a Rússia, incluindo a compra de fertilizantes e, mais recentemente, para aquisição de diesel do país, mais barato que o mercado internacional, já que os europeus reduziram drasticamente a compra.
Poucos dias antes da Rússia invadir a Ucrânia, Bolsonaro visitou o país e se reuniu com Putin, apesar dos apelos da União Europeia e dos Estados Unidos para que a visita fosse cancelada.
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