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O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou que aproveitará as quatro semanas de campanha no segundo turno pela disputa ao Palácio do Planalto para mostrar as ações de sua gestão no enfrentamento à pandemia de Covid-19, pelo combate à inflação e recuperação da economia brasileira.
“Temos um segundo tempo pela frente, onde tudo passa a ser igual, tempo para cada lado [de propaganda no rádio e na televisão]. Mostrar para a população mais afetada que é consequência da política do ‘fique em casa, que a economia a gente vê depois’”, afirmou em entrevista a jornalistas com pouco mais de 98% das urnas apuradas.
Durante a conversa, Bolsonaro disse que tentará mostrar para a população mais afetada pelos efeitos das crises sanitária e econômica que “certas mudanças podem vir para pior”. “Tentamos mostrar durante a campanha, mas parece não ter atingido”, disse.
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“Entendo que tem muito voto que foi pela condição do povo brasileiro que sentiu o aumento dos produtos, em especial da cesta básica. Entendo que é uma vontade de mudar da população, mas têm certas mudanças que podem vir para pior”, afirmou.
O atual presidente também voltou a fazer comparações com países hoje governados por representantes de esquerda, como Argentina, Chile, Colômbia e a tradicionalmente mencionada Venezuela.
Em outra direção, mais pragmática, Bolsonaro disse que buscará lideranças políticas em uma tentativa de ampliar sua base de apoio para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um dos nomes citados pelo mandatário foi o de Romeu Zema (Novo), reeleito governador de Minas Gerais em primeiro turno.
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O presidente também destacou o número elevado de deputados eleitos por sua legenda (cerca de 100, segundo cálculos preliminares) e disse que “a porta está aberta” para conversas com candidatos derrotados na disputa pelo Palácio do Planalto.
Esta será a primeira vez que um presidente candidato à reeleição larga em desvantagem. Com 99,86% das urnas apuradas, Lula tinha 48,49% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro aparecia com 43,23%.
As principais pesquisas de intenção de voto, contudo, indicavam uma vantagem entre 8 e 14 pontos para Lula − o que fez com que Bolsonaro reforçasse os ataques aos institutos, alegando que “venceu a mentira do Datafolha” e o que o resultado desmoralizou tais instituições.
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Questionado se reconhecerá o resultado da apuração das urnas, evitou dar uma resposta assertiva, e disse que “sempre existe a possibilidade de algo anormal acontecer em um sistema automatizado”. “Vou aguardar o parecer das Forças Armadas”, afirmou.
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