BNDES não será mais banco que vai “atrás do sujeito para emprestar”, diz Haddad

"Cabe ao BNDES estruturar operações. O BNDES tem de ser tópico e preciso", disse o futuro ministro da Fazenda

Estadão Conteúdo

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O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse em entrevista à GloboNews na tarde desta quarta-feira (14), que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja presidência será assumida pelo ex-ministro Aloizio Mercadante (PT), não será mais um banco que vai “atrás do sujeito para emprestar”.

“Cabe ao BNDES estruturar operações. O BNDES tem de ser tópico e preciso”, afirmou.

Questionado sobre sua relação com Mercadante e o alinhamento de políticas, Haddad disse ter um “diálogo muito bom” com ele e que nesta quarta-feira o futuro presidente do BNDES ligou manifestando interesse em marcar uma reunião.

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COP-27

Em referência à sua passagem ao lado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27), realizada no mês passado no Egito, Haddad avaliou que o Brasil pode se beneficiar do crescente interesse internacional pela chamada “economia verde.

“O Brasil tem uma oportunidade de ouro com a economia verde. É possível preservar e produzir, nós (governos anteriores do PT) mostramos que é possível”, disse Haddad. “Nos nossos governos, o desmatamento caiu 83% e teve alta de 75% da produção agrícola.”

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Agenda de crédito

O futuro ministro da Fazenda ainda que o País precisa avançar na agenda de crédito para alavancar a sua economia. Segundo o petista, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, teria dito que há muitos projetos nessa área atualmente travados pela burocracia do governo.

Entre outros vetores que podem auxiliar a atividade, Haddad citou a integração da economia brasileira com o mundo.

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Ele criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) por ter deixado o Mercosul “em quinto plano” e afirmou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai avançar em uma agenda de acordos bilaterais e multilaterais.

Haddad disse ainda que há uma chance grande de que Lula vá aos Estados Unidos já em janeiro, como chefe de Estado, para sua primeira visita oficial ao país. Segundo o futuro ministro, o presidente americano, Joe Biden, já mandou recados por intermediários de que está interessado em encontrar o petista.

O futuro ministro acrescentou, no entanto, que a tendência é de que Lula atue para reposicionar o Brasil em relação aos Estados Unidos e à China, de forma a aproveitar as oportunidades no cenário global.

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