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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta segunda-feira (9), que reconhece a existência de um cenário externo desafiador, que inclui a recente escalada do conflito israelo-palestino no fim de semana, mas destacou que o avanço da agenda econômica interna deve proteger a economia brasileira de possíveis desdobramentos.
Durante entrevista coletiva, em São Paulo, Haddad afirmou que fatores externos podem ajudar a acelerar a aprovação de matérias importantes para o governo no Congresso e enfatizou que o planejamento da equipe econômica possibilita que não haja preocupações com a economia do país.
“Com o cenário externo se complicando como está, o nosso desafio aqui é fazer a nossa agenda interna evoluir o mais rápido possível para proteger a economia brasileira”, disse Haddad.
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“Quanto mais desafiador o cenário externo, maior pressa de nós endereçarmos os assuntos internos”, acrescentou.
Ao longo do fim de semana, o grupo militante palestino Hamas lançou a maior ofensiva em décadas contra o território de Israel próximo à fronteira com a Faixa de Gaza. Os ataques geraram fortes retaliações do lado israelense e temores de possíveis impactos no cenário geopolítico do Oriente Médio.
Nesta segunda-feira, os preços do petróleo, commodity fundamental para a economia de muitos países da região, saltavam perto de 4%, revertendo as quedas vistas na semana passada.
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Haddad afirmou que não se pode tomar decisões “precipitadas” com base em fatores “voláteis”, como os preços do petróleo, e sinalizou que é necessário aguardar os demais desdobramentos dos conflitos em Israel.
“Temos que aguardar. Essas coisas são muito voláteis… A pior coisa que pode acontecer é você tomar decisões precipitadas que podem colocar em risco uma política. Então, vamos avaliar e ver como esse episódio se desdobra.”
O ministro ainda voltou a mencionar a taxa de juros alta nos Estados Unidos e a desaceleração da China como outros fatores a serem reconhecidos no cenário externo.
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Nova fase do Desenrola
Na coletiva, Haddad também disse ter a esperança de que o fim de ano será “mais folgado” graças ao programa de renegociação de dívidas das pessoas físicas Desenrola, mas manifestou preocupação com a acessibilidade à plataforma do programa.
Nesta segunda-feira, o governo lançou a última etapa do programa, apresentando uma nova plataforma para que indivíduos reconheçam as dívidas atreladas a seu CPF e escolham quais e como desejam renegociar.
Haddad afirmou que os interessados em participar do Desenrola precisam ter certificação de segurança ouro ou prata na plataforma gov.br, e que atualmente apenas 42% dos CPFs registrados na plataforma estão nessas categorias.
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Ele enfatizou que os demais registrados precisarão realizar um “upgrade” em suas contas para se comprometerem com os protocolos de segurança da plataforma e receber a certificação necessária a fim de participar do Desenrola.
Segundo o ministro, o Desenrola pode atingir 32 milhões de CPFs, restabelecendo o acesso ao mercado de crédito para uma parte significativa da população.
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