Aprovação do governo Dilma sobe para 40%, revela 1ª pesquisa CNI/Ibope pós-eleição

De acordo com a pesquisa, o modo de governar da presidente tem aprovação de 52%, ante 48% em setembro, uma alta de 4 pontos percentuais; a avaliação boa/ótima do governo tem aprovação de 40%, ante uma aprovação de 38% em setembro

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A CNI/Ibope divulgou nesta quarta-feira (17) a sua primeira pesquisa de avaliação da presidente da República Dilma Rousseff após as eleições, mostrando uma melhora na avaliação da presidente. 

A avaliação boa/ótima do governo tem aprovação de 40%, oscilando positivamente ante uma aprovação de 38% em setembro, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 

E, de acordo com a pesquisa, o modo de governar da presidente tem aprovação de 52%, ante 48% em setembro, uma alta de 4 pontos percentuais. O Ibope destaca, contudo, que o primeiro mandato se encerra com uma popularidade da presidente abaixo  dos percentuais apurados nos dois primeiros anos de governo, superiores a 70%.

As ações e políticas do governo com relação a impostos é a pior avaliada pela população, junto com saúde e segurança pública. De acordo com a população brasileira, os pontos positivos do governo foram o combate à fome e à pobreza e os investimentos em programas sociais. Os pontos negativos foram os poucos investimentos na área de saúde e o não combate à corrupção.

A avaliação positiva do governo cresceu mais na região Sudeste, com alta de 8 pontos percentuais, a maior entre as regiões. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 deste mês, com 2.002 pessoas em 142 municípios.

Pontos positivos e negativos
O “Combate à fome e à pobreza” é considerado, de forma espontânea, o principal aspecto positivo do primeiro mandato do governo Dilma, citado como um dos três principais por 24% da população.

Em segundo lugar aparece “Investimento em programas sociais, com 17%, seguido por “Investimento na área da educação” (15%) e a “Priorização da população mais carente” (13%).

Para 19% da população não houve ponto positivo no primeiro mandato da presidente Dilma e 21% não souberam ou não quiseram responder.

“Poucos investimentos na área da saúde” foi citado, espontaneamente, como um dos três principais aspectos negativos do primeiro governo Dilma por 30% dos entrevistados. Em segundo lugar tem-se o “Não combate à corrupção”, citado por 26%, seguido por “Pouco investimento na segurança pública” (21%).

Em terceiro e quarto lugares têm-se “Poucos investimentos na área da educação” e “Baixo crescimento econômico”, com respectivamente, 13% e 12%. Para 13% da população não houve ponto negativo no primeiro governo Dilma e 21% não souberam ou não quiseram responder.

As notícias sobre corrupção na Petrobras dominaram a lembrança da população, com 45% citando espontaneamente notícias referentes à corrupção na Petrobras, sendo que 31% lembram de notícias referentes à operação lava jato, 19% das relativas às prisões de diretores da Petrobras e 6% das prisões de diretores de empreiteiras.

As notícias sobre inflação estão na memória de 13% da população, sendo que 8% citaram alguma notícia relativa ao aumento dos preços de uma maneira geral, 3% sobre o aumento da gasolina e 2% sobre redução dos preços ou recuo da inflação. 

preço da gasolina e 2% sobre a redução dos

preços e/ou recuo da inflação


Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.