Anderson Torres fica em silêncio em depoimento à Polícia Federal

Ex-ministro da Justiça é investigado por conivência e omissão nos atos de vandalismo contra os edifícios-sede dos Três Poderes em 8 de janeiro

Luís Filipe Pereira

O ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro e e ex-secretário de segurança do DF, Anderson Torres (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro e e ex-secretário de segurança do DF, Anderson Torres (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Publicidade

Preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, no Guará, o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, permaneceu em silêncio durante depoimento à Polícia Federal, nesta quarta-feira (18). As informações são do portal G1.

O ex-ministro estava em Orlando, nos Estados Unidos, e teve a prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da PF. Preso desde o último sábado (14), quando chegou ao Brasil, Torres é investigado por conivência e omissão nos atos de vandalismo contra os edifícios-sede dos Três Poderes em 8 de janeiro.

No dia dos atos golpistas, em que foram invadidos e depredados os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto, ele era secretário de Segurança Pública do DF e acabou exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) ao ter sua atuação questionada por autoridades. Torres nega conivência e sustenta que estava de férias na data.

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Na semana passada, agentes da PF que cumpriam mandado de busca e apreensão encontraram, na casa de Torres, uma minuta de decreto para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do TSE, para reverter o resultado da eleição após vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Pelo Twitter, ele disse que o documento divulgado pela imprensa foi vazado fora de contexto.

“Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP [Ministério da Justiça e Segurança Pública]. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá”, disse em postagem na rede social.

Continua depois da publicidade

“Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro”, completou Torres em seu post

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.