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Na tentativa de contemporizar a resistência de governadores à reforma tributária, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que a ideia da reforma tributária é a “neutralidade federativa”. Ainda assim, reconheceu que São Paulo, Estado que mais arrecada no País, pode ser impactado pelo projeto atual.
“A ideia é neutralidade federativa: no dia seguinte, ninguém ganhou nada, ninguém perdeu nada. O que se deseja é simplificação, reduzir Custo Brasil, tirar cumulatividade, estimular exportações e diminuir burocracia’, afirmou o presidente em exercício – o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em viagem oficial à Europa.
De acordo com Alckmin, o Estado de São Paulo, onde ele foi governador por quatro vezes, pode perder com a reforma tributária com a passagem da cobrança de impostos da origem para o destino.
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“São Paulo é exportador líquido. Quando você muda da origem para o destino, São Paulo perde um pouco. Mas você tem que pensar no conjunto, todos vão ganhar se a economia crescer. A reforma tributária traz eficiência econômica, pode em 15 anos aumentar 10% do PIB e salvar a indústria”, avaliou o também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Uma solução para o caso, de acordo com o presidente em exercício, seria uma transição lenta. “É fundamental a reforma tributária. A passagem da origem para o destino. No mundo inteiro, imposto se paga onde consome, onde estão as pessoas. ‘Ah, alguém pode perder’. Você faz uma transição lenta. Você pode ter fundos de desenvolvimento para regiões. Tem solução. O que não pode é ficar do jeito que está”, disse o vice-presidente.
“Tem ajustes a serem feitos? Tem. Política é diálogo, é ouvir bastante e buscar boas soluções. E eu acredito na boa solução”, seguiu o ministro, em tom conciliador. “Não podemos é continuar com o atual manicômio tributário.”
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Alckmin ainda afirmou que o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), é uma pessoa paciente, resiliente e que ouve bastante. “Quem ouve mais erra menos”, disse.
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