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SÃO PAULO – Em entrevista ao programa “Preto no Branco”, do Canal Brasil, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou não ver possibilidade da presidente Dilma Rousseff se manter no poder, dizendo que o governo está acabado. Para ele, Dilma está “ilhada” por falta de diálogo. As informações são do O Globo.
Aécio antevê o fim prematuro do governo Dilma e diz que só não sabe se será via TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com a cassação da chapa Dilma/Michel Temer, renúncia ou por força de um impeachment. Para ele, há clima para o impeachment; porém, ele aponta que Dilma não se beneficiou pessoalmente da corrupção.
Ele voltou a dizer que perdeu a eleição de 2014 para uma organização criminosa e não para um partido político. “Quando vejo hoje como esse grupo (do PT) se apoderou do Estado para ganhar uma eleição, como corrompeu o Estado, como usou uma empresa pública, digo que fizemos uma campanha quase heroica. E vou repetir uma frase, dura, que não perdi a eleição para um partido, mas para uma organização criminosa, que se estabeleceu no seio do Estado, arrecadando quantias vultosas, ilícitas e descumprindo a legislação em todos os momentos”, afirmou.
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O senador, que também é presidente nacional do PSDB, ressaltou que a oposição não tem que ter diálogo com o governo. Quando perdi a eleição, sinalizei que estava pronto para ser chamado para uma conversa, ela desligou com arrogância e estamos hoje nessa situação. A presidente nunca demonstrou vontade sincera de conversar. E hoje, vamos conversar sobre o quê? O governo acabou”, afirmou.
Aécio ainda falou sobre as próximas eleições presidenciais, destacando que o PSDB precisa se organizar para definir quem será o nome que concorrerá ao cargo e não descartando o seu nome. “Esse não é o único caminho da minha vida, mas se ela caminhar nessa direção, vou estar pronto. Se for pra outro, não me frustrará”.
Sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Aécio afirmou que ele não tem mais condições de continuar no cargo e que o PSDB votará pela cassação do parlamentar. “Cunha, quando venceu (a presidência da Câmara), nos ofereceu espaços em relatorias importantes de CPIs, para que pudéssemos fazer oposição. Vieram as denuncias da Procuradoria Geral da República e nós dissemos que aquilo era muito grave, mas que Cunha precisava ter o direito de se defender. As respostas dele foram pífias, e não convenceram a ninguém”, afirmou.
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