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SÃO PAULO – Em relatório enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), a Polícia Federal informou que não conseguiu recolher provas de que Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu propina de contratos em Furnas, inocentando o senador. Segundo o delegado Alex Levi Resende, não é possível atestar que senador realizou as condutas criminosas que lhe são imputadas’.
“A partir do conteúdo das oitivas realizadas e nas demais provas carreadas para os autos, cumpre dizer que não é possível atestar que Aécio Neves da Cunha realizou as condutas criminosas que lhe são imputadas”, diz a conclusão do inquérito.
Aécio passou a ser investigado após dois delatores – o doleiro Alberto Youssef e o senador cassado Delcídio do Amaral – terem dito que o parlamentar era beneficiário de um esquema de corrupção que desviava recursos de Furnas. Aécio era investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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Segundo o relatório, a PF apontou que os fatos narrados pelos delatores chegaram ao conhecimento deles por “ouvir dizer” e “não foram embasados com nenhum outro elemento de colaboração”.
E, conforme ressalta o jornal O Estado de S. Paulo de hoje, durante o inquérito, Aécio contou com um “aliado” inesperado: o ex-presidente Lula, seu rival político. Em depoimento à PF em 28 de junho, Lula declarou que ‘Aécio Neves não pediu nenhum cargo em nenhum de seus mandatos (2003/2010)’. Suas informações tiveram peso importante na conclusão do delegado federal Alex Levi para que inocentasse Aécio, aponta a publicação.
Lula afirmou “que nao acredita que Aécio Neves possa ter pedido qualquer cargo a algum de seus ministros em seus governos, e se pediram nunca deram ciência ao declarante sobre este pleito.”
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O inquérito Furnas tinha como ponto de partida os depoimentos dos deltatores que apontam que o elo de supostas propinas para Aécio em Furnas seria um “antigo amigo” do senador, Dimas Fabiano Toledo. Mas todos os delatores foram ‘vagos’, destacou a PF.
Confira a nota da defesa de Aécio sobre o fim da investigação:
“Após a realização de inúmeras e detalhadas diligências, incluindo a oitiva de empresários, políticos de oposição e delatores, durante um ano e três meses, a Polícia Federal concluiu que inexistem elementos que apontem para o envolvimento do Senador Aécio Neves em supostas atividades ilícitas relativas a Furnas.
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“A partir do conteúdo das oitivas realizadas e nas demais provas carreadas para os autos, cumpre dizer que não é possível atestar que Aécio Neves da Cunha realizou as condutas criminosas que Ihe são imputadas”, diz a conclusão do inquérito.
Assim, estando comprovada a falta de envolvimento do Senador Aécio Neves com os fatos que lhe foram atribuídos, a Defesa aguarda a remessa dos autos à PGR e para que, na linha do que concluiu o denso relatório policial, seja requerido o arquivamento do Inquérito, com sua posterior homologação.
Alberto Zacharias Toron e Luísa Oliver
Advogados
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