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Como escolher Fundos de Ações para aproveitar a queda da Selic, segundo avaliação dos analistas da XP

Produto adequado, gestor e estratégia podem ser diferenciais importantes para aproveitar a perspectiva macro e micro de setores com maior potencial de ganho

MoneyLab

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Um olhar superficial sobre o movimento da bolsa neste ano, com a virada do cenário há um mês, pode sugerir que o momento é desfavorável aos fundos de ações. Até julho, foram quatro meses seguidos de alta para a bolsa brasileira, movimento que foi sucedido pelo mergulho do Ibovespa em uma das maiores sequências de queda da sua história.

Agosto foi marcado pela piora no cenário global, que estimula a aversão ao risco. Um relatório de análise elaborado pela analista Clara Sodré da XP Investimentos, contudo, vai na direção contrária e sinaliza que, por diferentes métricas, os fundos de ações seguem atrativos, particularmente os da categoria Long Only, posicionados para ganhar com a alta dos papeis.

A analista de Fundos da XP Clara Sodré, que assina o relatório, lembra que a forte queda dos últimos pregões não pode ser olhada de forma isolada e tampouco sinalizar que o movimento baixista irá se prolongar.

“Há fatores externos importantes nesta maior aversão a risco, como as dificuldades na economia chinesa e a alta dos juros de títulos da dívida americana, que concorreram com fatores domésticos para o Ibovespa ter registrado a maior sequência de baixa em 40 anos. Porém, se olharmos no detalhe não é tão grande quando se supõe”, comenta Clara.

O relatório elaborado pela equipe da XP Investimentos,  – com 12 pregões seguidos de queda acumulada do Ibovespa, totalizando um recuo de 5,21%, mas com alta de 5,34% no ano, até 16 de agosto, data do relatório.

Segundo o relatório, pela métrica drawdowns, que mede a maior queda em relação ao ponto máximo do Ibovespa, o cenário é menos intenso do que se supõe.

Desempenho dos fundos de ações

O relatório também se debruça sobre o comportamento dos fundos em diferentes janelas. Segundo a analista da XP, como resultado da aversão a risco, os fundos de ações Long Only estão em queda, mas com performance melhor do que seu benchmark (leia mais no relatório).

Já os Long Biased, que são mais defensivos e atuam na ponta comprada e na vendida, apresentam maior resiliência no relativo (veja aqui).

“O tipo de alocação dos gestores explica em parte os momentos em que desempenha aquém do Ibovespa, com boa parte dos gestores com uma menor exposição a papeis que melhor performaram, como do setor financeiro, commodities e utilities, que foram bem em 2022 e têm peso no Ibovespa”, explica a analista da XP.

Quando o relatório compara o retorno dos produtos com o Ibovespa em um horizonte de 10 anos, a gestão ativa supera o índice acionário brasileiro em grande parte das janelas, com exceção do movimento recente em 2021 e 2022, e do ano de 2016 – que tiveram em altas relevantes nos preços das commodities.

“Os produtos de gestão ativa são muito atraentes quando olhamos janelas maiores de tempo, entregam retornos consistentes, mas nem sempre o investidor aproveita esta característica.”

Investidor olha pelo retrovisor e se atrapalha

A especialista da XP se refere a dados sobre o comportamento do brasileiro que historicamente faz aportes nos fundos de ações quando eles já apresentaram ganhos relevantes em seu desempenho, perdendo parte do movimento.

No recorte da XP, o fluxo dos fundos de ações de acordo com os dados da Anbima foram analisados. Os resgates ocorreram mesmo em períodos em que os fundos, na média, superavam o Ibovespa.

Um dos estudos apresentados no relatório da XP foca no chamado “efeito manada” em que o investidor segue o fluxo, de entrada ou de saída de recursos, sem muitos questionamentos.

“Um dos gráficos aponta a maior onda de aplicações nos fundos ocorrendo após 12 meses de alta do Ibovespa, ou seja, quando boa parte dos ganhos já se materializou”, explica Clara, acrescentando que o investidor também tem a tendência de resgatar suas posições dos fundos quando a bolsa começa a ter retornos mais baixos ou negativos.

“O ideal é que o investidor tenha posições consistentes, em bons gestores e que não fique tentando adivinhar o momento de entrar.”

Cenário favorece fundos Long Only

O relatório elaborado pela XP também aborda o cenário macroeconômico e onde estão as melhores oportunidades de ganho. Segundo o relatório, a perspectiva de queda mais acentuada dos juros domésticos, por exemplo, movimento iniciado em agosto com a redução de meio ponto percentual na Selic, tende a beneficiar empresas dos setores que mais frequentemente estão nas carteiras dos fundos de ações.

“O importante neste processo é escolher, de forma extremamente diligente, assim como os seus fundos de ações e/ou a composição da sua carteira”, comenta Clara.

Além de os produtos que ganham com a alta – fundos Long Biased – serem apontados no relatório da XP como os de maior potencial de gerar alfa e superar o Ibovespa, também é relevante a escolha de gestores ativos e com um trabalho sólido.

“Não pode apenas olhar o retorno do produto, mas é preciso avaliar o time de gestores que está contratando, isto faz a diferença quando se investe em fundos, assim como a estratégia do produto, se foca em crescimento, em papeis que pagam dividendos, em valor.”

A analista menciona que a própria XP tem recomendações que ajudam o investidor a selecionar os fundos para sua carteira, levando em conta a qualidade do gestor. Hoje, na lista TOP Fundos de Investimentos da XP há ativos que podem ser muito atrativos para os clientes.

Leia o relatório completo aqui.

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