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Criptoativos e o valor da solução de um problema

Investir em Bitcoin e Ethereum é acreditar em tecnologias novas e com potencial de revolucionar o mercado

MoneyLab

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

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Que o Bitcoin é uma moeda virtual que pode ser mais uma alternativa de investimento todos sabem. Mas o que muitos ainda se perguntam é como se atribui valor à criptomoeda e qual o seu lastro. A dificuldade em reconhecer esses atributos ainda leva muitos a desconfiarem do criptoativo como uma alternativa de investimento. Entender o processo de formação dos chamados ativos digitais, que incluem não apenas o Bitcoin, mas outros como Ethereum e Litecoin, é parte importante da formação deste investidor e ajuda no processo de tomada de decisão.

O primeiro passo é entender o que origina um criptoativo, ou seja, o que dá sustentação à sua existência. A resposta é tão simples quanto complexa: nascem para resolver problemas e vem daí o seu valor.

Mas cada criptoativo está relacionado a uma solução – ou a um problema – específico. “O valor do bitcoin reside no fato de o ativo ser um meio de pagamento 100% digital e por ser escasso, ou seja, uma espécie de ouro digital”, explica Samir Kerbage, CTO da Hashdex, gestora em fundos de investimento em criptoativos.

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“O Bitcoin é uma criptomoeda criada para ser um meio de pagamento totalmente eletrônico que transfere créditos pela rede. É soberana e não depende de ninguém para isto.”

Assim como no ouro, que tem seu valor associado à escassez do metal, no Bitcoin ocorre o mesmo. A oferta de Bitcoin é “controlada” por software e tem uma política de emissão fixa. A cada quatro anos, a emissão da criptomoeda cai pela metade “Quando existirem 21 milhões de Bitcoins no mercado não haverá mais emissão da criptomoeda. O modelo criado o torna um bem escasso e de valor”, explica o executivo da Hashdex.

Ethereum

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O segundo criptoativo mais negociado, o Ether, nasceu com o mesmo princípio – tecnologia que resolve um problema e cria valor para a sociedade. No entanto, o Ether, criptoativo da rede Ethereum, não é meio de pagamento e não funciona como reserva de valor. Foi criado para possibilitar, através de uma grande rede de computadores descentralizada, o processamento de “contratos inteligentes”. “O Ethereum é o petróleo para que toda esta rede funcione e permita contratos diretos, seguros e sem intermediários”, explica Kerbage.

Um exemplo concreto é o DeFi, ou “Finanças Descentralizadas”, que se refere a aplicações em blockchains públicos que visam criar serviços financeiros sem intermediários centralizados (bancos). A rede Ethereum é a tecnologia que permite tais contratos descentralizados, e seguros, em que uma pessoa oferta dinheiro e outra toma emprestado, com custos bem menores do que se houvesse intermediário.

“Em 2019, o DeFi movimentava apenas US$ 500 milhões na plataforma, neste ano já chega a US$ 42 bilhões. Investir em Ethereum é investir na tecnologia que permite este tipo de contrato inteligente”, comenta o executivo da Hashdex.

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Perspectiva para o investidor

Todas estas tecnologias estão em desenvolvimento, o que torna ainda mais interessante o investimento durante esta fase de maturação dos projetos. Foi assim com diversas outras tecnologias que revolucionaram o mundo, como o mainframe, nos anos 60, o PC, nos anos 80, ou mesmo a internet nos anos 90.

Enquanto muitos desconfiavam da capacidade transformadora, outros investiram e obtiveram lucros exponenciais. No caso dos criptoativos ocorre o mesmo. A escolha de onde investir passa por uma aposta no desenvolvimento da tecnologia.

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Uma alternativa para diluir o risco de investimento em um criptoativo é o investimento via índice, visto que o índice é composto por vários ativos digitais. A gestora Hashdex, por exemplo, possui fundos que replicam o NCI, um índice de criptoativos desenvolvido conjuntamente com a Nasdaq e administrado pela Nasdaq, segundo maior mercado de ações em capitalização de mercado do mundo, depois da Bolsa de Nova York.

“Nós criamos a metodologia do índice, que tem rígidos critérios de elegibilidade dos criptoativos e a cada três meses passa por uma revisão. A gestão é da Nasdaq”, explica o CTO da Hashdex.

“Dessa forma, o investidor, ao comprar um fundo que replica o índice, tem acesso a vários criptoativos sem a necessidade de rebalancear o peso de cada um na carteira”

Hoje, o NCI tem oito criptoativos na carteira. O principal é o Bitcoin, seguido pelo Ethereum, e pelo Litecoin.

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