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Seguro de vida cresce 10% e revela mudança no comportamento do brasileiro

Contratação desse tipo de seguro chegou a R$ 38 bilhões no ano passado

MoneyLab

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Os seguros de pessoas, que incluem seguros de vida, de acidentes pessoais, doenças graves, entre outras modalidades de proteção, tiveram mais um ano de avanços em 2018. A contratação desse tipo de seguro chegou a R$ 38 bilhões no ano passado, uma alta de 10% em relação aos valores de 2017, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

Os brasileiros estão cada vez mais preocupados com o futuro e com a qualidade de vida. Neste cenário, o seguro de vida oferece opções para garantir a segurança e a estabilidade financeira de familiares. “A maioria das pessoas se preocupa em deixar algo para a família. Com o aumento da escolaridade, do número de seguradoras no mercado e do acesso à informação e à educação financeira, o crescimento dos seguros de vida é uma tendência”, afirma Patrícia Gomes, sócia da Praisce Corretora de Seguros.

Apesar da expansão vista nos últimos anos, o mercado de seguros ainda tem muito a crescer. Uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, em 2017, revela que apenas 19% dos brasileiros tinham algum tipo de seguro de vida, enquanto a média em outros 11 países é de 32%. Diante desse cenário, a CNseg espera que o mercado de seguros para riscos pessoais (incluindo Planos Tradicionais) cresça 8,4% em 2019.

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No recorte regional também é possível ver o espaço de mercado ainda em aberto no segmento. Gomes explica que as regiões Sul e Sudeste são as que mais arrecadam com seguros de pessoas. Por outro lado, Norte, Nordeste e Centro-Oeste ficam para trás.

Considerando a distribuição do prêmios por região no ano de 2018, a primeira colocada é a Sudeste, com 61%, seguida pela região Sul (18%), Centro-Oeste e Distrito Federal (11%), Nordeste (8%) e Norte (2%), segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

 Proteção da vida acima dos bens

Outro fenômeno importante no mercado de seguros de pessoas foi sua evolução em comparação ao seguro de automóveis. Em 2017, a arrecadação nesse segmento ultrapassou, pela primeira vez, a arrecadação dos seguros de veículos.

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Quando se compara ao seguro de carro, por exemplo, de 2013 para cá a demanda pela proteção desse bem apresentou instabilidade, crescendo em alguns anos, diminuindo em outros. Enquanto no mesmo período os seguros de pessoas vem crescendo exponencialmente.

Ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Cobertura de pessoas   R$ 25,7 bilhões R$ 27,7 bilhões R$ 29,8 bilhões R$ 31,1 bilhões R$ 34,5 bilhões R$ 38 bilhões
Cobertura de automóveis   R$ 29,3 bilhões R$ 31,4 bilhões R$ 32,5 bilhões R$ 31,7 bilhões R$ 33,9 bilhões R$ 35,9 bilhões

Em 2017, o cenário se inverteu pela primeira vez. A arrecadação dos seguros de pessoas, que foi de R$ 34,5 bilhões, superou a de automóveis, que foi de R$ 33,9 bilhões. E, em 2018, a tendência se manteve: foram 35,9 bilhões em arrecadação de seguros de automóvel contra R$ 38 bilhões em seguros de pessoas.

“As pessoas estão entendendo cada vez mais que não faz sentido proteger mais os seus bens do que a própria vida e a estabilidade financeira da sua família”, explica Gomes. Segundo ela, o cenário para 2019 é bem positivo. “Nos últimos 12 meses, houve um aumento de cerca de 10% na contratação de seguros de pessoas. Se você pensar que o Brasil enfrentou uma recessão, estava e ainda está se recuperando, ter um crescimento nessa categoria é significativo”, diz.

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Ela lembra também que o seguro de vida deve ser visto como uma ferramenta estratégica dentro do planejamento financeiro e pode ser um grande benefício. Há diversas opções disponíveis, e a especialista destaca, por exemplo, o seguro de vida resgatável. “Se você inclui esse tipo de seguro de vida no planejamento, chega a uma certa idade e não vê mais a necessidade, você resgata a quantia definida no contrato”, afirma.

Entre as diversas seguradoras no mercado, a Prudential é a primeira colocada no ramo de vida individual, com 48,3% de participação de mercado, segundo dados da SUSEP referentes ao ano de 2018.

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