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Mais do que reunir em eventos empresários, executivos e autoridades, os 15 anos do LIDE fortificaram a ideia de que só é possível vencer a crise e avançar rumo a uma nação mais justa e democrática se houver, principalmente, diálogo entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público em busca de proposições positivas e de iniciativas construtivas”, diz Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior entre os anos de 2003 a 2007 e um dos primeiros filiados do Grupo, quando ainda era presidente da Sadia. Ele está comemorando o aniversário do Grupo e sua expansão. “É muito bom ver que, aos 15 anos, a organização continua saudável, crescendo, mesmo tendo passado um período bastante delicado da economia brasileira em que todo mundo apertou o cinto. O LIDE conseguiu ultrapassar em boas condições. Prova disso são os eventos que o Grupo continua promovendo com o maior vigor.”
Furlan lembra com satisfação o papel que a entidade teve de influenciar grandes debates nacionais e levar à aprovação de normas importantes ligadas ao meio ambiente e ao esporte. Apenas 15 anos depois da fundação, o LIDE já agrupa 1,7 mil empresas. Tem uma estrutura com 29 unidades nacionais, regionais e internacionais e é responsável por mais de 200 eventos anuais. Além de agregar os líderes da economia nacional e todos os segmentos de atividade, o LIDE reuniu os mais diversos interlocutores e personalidades ao longo dos anos em inúmeros debates e encontros no Brasil e no exterior. Executivos, presidentes de empresas, ministros, chefes de Estado e personalidades do país e do exterior participaram das palestras.
Gustavo Ene, CEO do LIDE, lembra o caráter plural, apartidário, aglutinador e transversal em representatividade, por contemplar todos os segmentos da economia, ressaltando a importância de estar em sintonia com o momento político e econômico. “O LIDE já nasceu em 2003 promovendo discussões entre empresários que visavam contribuir para a melhora do ambiente de negócios do Brasil. Naquele momento, assuntos como governança corporativa, sustentabilidade e qualificação da educação começavam a avançar na pauta das empresas.” Ene abriu a primeira unidade fora do eixo Rio-São Paulo, o LIDE Sul (RS, SC, PR). Hoje, entre suas prioridades está a expansão internacional do grupo. “Lançamos o LIDE Austrália em 21 de junho, a operação mais recente, e nesse segundo semestre, teremos mais duas no Brasil”, afirma. Com a unidade australiana, a entidade passa a ter presença em todos os continentes.
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“A maior contribuição do LIDE é ser um movimento democrático de empresários. Diferente de qualquer tipo de associação, cabem todos os segmentos de empresas”, diz Celia Pompeia, vice-presidente executiva do Grupo Doria, que detém o LIDE. Além do estímulo à troca de experiências entre empresários e autoridades, ela destaca a preocupação de sempre dotar os encontros de conteúdo relevante e de procurar propostas positivas para o país e a economia. O Fórum Empresarial, que começou em Comandatuba (BA) e permanece como o principal encontro anual, expandiu-se geograficamente, levando os empresários a conhecerem diferentes pontos do país. O Meeting Internacional, também anual, já foi aos Estados Unidos, à Europa, à África e à América Latina – Peru será o destino de 2018.
Para a criação das filiais internacionais e regionais, sempre houve o cuidado de manter os princípios do LIDE, além da busca de líderes e empresários locais que garantissem ressonância na sociedade e o maior diálogo possível. “O LIDE pode crescer e se multiplicar ainda mais. Se hoje há 29 unidades, em 15 anos podemos ter 100. O que interessa é a capacidade de pulverizar e promover as lideranças. O LIDE faz elas surgirem”, diz Celia. Entre os temas abordados, a executiva destaca os debates relacionados à ética, educação e ao empreendedorismo. “Espero que o Brasil se recupere e a gente possa se destacar no mercado internacional”, afirma. Uma das missões atuais do LIDE, segundo Celia, é ampliar o diálogo sobre a participação das mulheres nas empresas.
Nos 15 anos do LIDE, Gustavo Ene está empenhado em modernizar o modelo dos debates. Afirma que os formatos tradicionais de painéis seguidos de perguntas abertas aos convidados ou de Almoços-Debate está em evolução. Segundo ele, uma nova modalidade já começou a ser desenhada no último Fórum de Empreendedores, que aconteceu em um auditório no formato de arena, em outubro de 2017, no novo complexo da Cacau Show, em Itapevi (SP) – o espaço é inspirado em startups. A ideia é ter um modelo mais dinâmico, com mais interação. “Estamos desenvolvendo um aplicativo do LIDE que, entre outras funções, vai facilitar a comunicação com filiados, incluindo a moderação dos debates”, afirma. Uma outra experiência acontecerá no próximo Fórum de Marketing, em agosto, que terá a diversidade como tema. Foi batizada de LIDE Talks. Haverá arenas, três espaços diferentes com debates simultâneos, intimistas e interativos de uma hora. “Nesse modelo você começa uma conversa. Ela é livre, não há inscritos. Se você julga que está interessante, permanece. Quem tem mais conteúdo domina a conversa. Quem tem interesse por outros temas pode ir para uma arena diferente. Não é um formato tão rígido.”
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Entre as conquistas históricas do LIDE estão a Lei do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que surgiu de um encontro do LIDE Sustentabilidade, em 2012, e a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Outra é o “Pacto pelo Esporte”, um acordo de autorregulação estimulado pelo LIDE Esporte, Atletas pelo Esporte, Instituto Ethos e demais parceiros que definiu as regras e os mecanismos nas relações de investidores com entidades esportivas.
A reforma tributária está entre os grandes temas que devem mobilizar empresários e a sociedade no próximo período, para Furlan. “São muitas as frentes em que estamos trabalhando. São diversos os temas dos quais o LIDE tem obrigação de levantar a bola para que as pessoas possam contribuir e aprender, compartilhando seu conhecimento e suas preocupações. Isso pode influenciar decisões de investimento.”
Segundo Furlan, o LIDE “claramente teve um impacto” com a decisão de dois anos atrás de João Doria postular a candidatura política. “Com todo esse sucesso acumulado, criou-se um desafio monumental de como conseguir prosperar sem o criador. Mas o João felizmente criou um colegiado com pessoas de nível internacional. É a soma de tudo isso que faz o LIDE. Temos muito a festejar – os primeiros 15 anos.”
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“Lide será parceiro do Fórum Econômico Mundial em 2019”
Fundador do LIDE e seu principal dirigente até 2016, João Doria diz que tinha certeza de seu crescimento, mas não previa que o Grupo se tornaria em um prazo tão curto uma das maiores iniciativas empresariais e a mais qualificada rede de relacionamentos corporativos da América Latina. “Sabia que poderíamos crescer, e teríamos consistência nessa expansão. Mas não a ponto do reconhecimento internacional, inclusive do Fórum Econômico Mundial”, afirma, referindo-se ao mais importante encontro global de líderes e empresários, que acontece anualmente em Davos, na Suíça. “O professor Klaus Schwab [presidente do fórum suíço] esteve no Brasil e identificou o LIDE como um parceiro a partir de 2019”, diz. A ideia de criar o LIDE ocorreu quando Doria apresentava o programa Show Business, na TV Bandeirantes, que está no ar há 25 anos. Partiu da constatação de que os grandes executivos não conheciam os colegas de outros setores. Desde o início, o LIDE organizou debates e propostas para melhorar o Brasil, ativar a economia e gerar empregos. Para crescer, o grupo contou com um comitê de gestão profissionalizado.
“O conselho de gestão foi formado há mais de uma década, possui algumas das melhores cabeças do Brasil e também do exterior. Eu talvez tenha sido importante no início, na deflagração e na ideia inicial de formação. Hoje, a capilaridade do LIDE garante sua sustentação, pelo nível das pessoas que dele participam e pelo seu comando.” Doria diz que se preocupou com sua saída, mas que a expansão diminuiu a dependência de um único comando. Afirma que atualmente acompanha a distância os eventos, por leitura e informações, e fica feliz ao ouvir os elogios e as referências construtivas das pessoas que participam do LIDE. “Isso se deve também ao Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE Global, ao Gustavo Ene, CEO, ao João Doria Neto, meu filho, que hoje está à frente como diretor executivo, e à Celia Pompeia, vice-presidente executiva.”
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João Doria Neto reforça que o LIDE tem uma equipe unida e experiente. “Todos assumiram a responsabilidade de continuar o legado do LIDE. Não só eu, todos continuam com o mesmo engajamento e dedicação”, diz. Há cinco anos ele participou ativamente da criação do LIDE Futuro, braço voltado para jovens executivos e empreendedores. Hoje, já passou de 500 filiados. ”O LIDE é o maior grupo de empresários e empresas do Brasil, o maior formador de opinião e fomentador da economia privada. Continuará à frente como uma instituição que promove ações direcionadas ao crescimento e ao desenvolvimento social e econômico do país”, diz Doria Neto.