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Caros(as) leitores(as),
Nós temos memória de curto prazo. Tudo aquilo que ocorreu num passado distante, perde riqueza de detalhes em nossas mentes.
Sempre temos exceções, é claro. Mas para os mercados e ciclos econômicos esse lapso costuma acontecer. Até mesmo os agentes do setor, que são pagos para lembrar desses comportamentos, acabam negligenciando ou esquecendo de muitos fatores.
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No Brasil, acabamos de dar início a um ciclo importante de afrouxamento da política monetária. No bom português, vamos assistir quedas constantes da taxa Selic daqui em diante, até atingirmos um “juro neutro” que, aliás, nem é sabido ao certo qual será.
Historicamente, esses ciclos foram subestimados. Meu querido amigo Victor Scalet, do time de macro sales da XP, fez um relatório com um gráfico que esboça muito bem essa ideia de mentes que focam no que está fresco.
A linha azul mostra as projeções de Selic no relatório Focus, do Banco Central, logo após o primeiro corte de juros num ciclo de redução da taxa basal. A vermelha mostra a expectativa do mercado e a amarela demonstra o caminho que foi percorrido efetivamente pela Selic.
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Podemos concluir que minha afirmação é coerente: nossas memórias de curto prazo nos levam a esquecer dos ciclos importante de afrouxamento monetário e subestimarmos os movimentos de redução da taxa básica de juros.
E o que isso importa para os mercados?
Bom, se os investidores e investidoras estiverem com expectativas erradas quanto à profundidade dos cortes de juros, podemos esperar uma nova precificação dos ativos, em especial os de risco, como ações, por exemplo. A Selic e o CDI são importantes para determinadas despesas financeiras das companhias – uma vez que muitas delas são endividadas de forma pós-fixada, ou seja, o que determina o tamanho do juro da dívida são os juros de curto prazo.
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Além disso, o valor de uma empresa nada mais é que seus fluxos de caixa trazidos a valor presente por uma taxa de desconto. Normalmente, essa taxa é baseada nos juros futuros do mercado.
Se estes estiverem superestimados, as empresas deveriam valer mais no presente. Juros menores, maior o valor presente.
Aliás, isso não válido apenas para as ações das companhias. O cenário também vai “bater” no mercado de dívida, como debêntures, por exemplo. Um ajuste nas expectativas de juros significaria um fechamento na curva e, assim, uma valorização nesses papéis.
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Para sintetizar: o famoso “kit Brasil” deve performar bem em cenários como esse. Essa ideia ganha intensidade em minha cabeça quando penso na troca de comando do Banco Central brasileiro.
Aparentemente, teremos um próximo mandato mais “dovish”, termo do mercado que indica uma condução menos austera e mais frouxa para os juros. Eu gosto de chamar de “mão de alface”, relembrando a época em que jogava futebol nas ruas da capital paulista.
“Tá Colla, mas o que isso significa?”
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Aquela sua parcela em Bolsa brasileira, dependendo do que a compor, deve dar alegrias. Seus títulos de inflação também.
Aos poucos esse juro mais baixo vai incomodar os rentistas e o fluxo de recursos da poupança do brasileiro vai migrar paulatinamente para vários ativos de risco. Os preços serão cada vez menos pechinchas.
Ao olhar para o curto prazo, o argumento não é tão válido para a alocação estrutural, que a meu ver, deveria ser o foco de qualquer investidor, seja lá onde estiver no mundo. Dito isso, estou animado com o Selection Stock Pickers, nosso fundo de fundos que reúne as melhores cabeças de investimento em ações no país de maneira acessível a qualquer pessoa que deseje ter parcela do seu patrimônio exposta a bons negócios no Brasil.
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