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Em busca de pistas sobre as perspectivas de preços para o Bitcoin (BTC), traders analisam as curvas do mercado futuro e já começam a traçar os próximos movimentos da criptomoeda, que ficou próxima de atingir US$ 38 mil nesta semana, o maior patamar do ano.
Nos contratos do CME Group, a curva apontou para cima em comparação com o padrão observado há um mês, sugerindo que mais altas podem vir pela frente. Se há pouco tempo os contratos mais distantes tenham subido alvo para quase US$ 32 mil, agora já indicam preço de exercício perto de US$ 40 mil.
Os números da Deribit, a maior corretora de opções de criptomoedas do mundo, mostram uma preponderância de apostas otimistas em opções de Bitcoin atingindo US$ 40 mil e até US$ 45 mil no final de dezembro – ou um salto de 25% frente ao preço atual.
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O Bitcoin se aproximou de US$ 38 mil na quinta-feira (16), mas recuou e, por volta das 14h desta sexta-feira (17), era negociado a US$ 36 mil .
Os dados da CME, a principal exchange de derivativos do mundo, apontam que o nível de US$ 40 mil pode se tornar uma área de teste chave para a recuperação da criptomoeda.
A corretora passou a se tornar a mais relevante do planeta para negociar derivativos de criptoativos, com valor nocional das posições em aberto de futuros de Bitcoin por lá ultrapassando o volume negociado na Binance, principal exchange de criptomoedas, mas também alvo de investigações regulatórias em jurisdições importantes, incluindo os EUA.
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Os contratos em aberto da CME para futuros de Bitcoin atingiram US$ 4 bilhões nesta sexta-feira, contra US$ 3,8 bilhões na Binance, mostram os números da plataforma Coinglass.
O crescimento dos contratos em aberto da CME em relação à Binance “sugere uma participação institucional mais substancial no uso de futuros para obter exposição longa ao Bitcoin”, disse Le Shi, chefe de negociação da empresa de criação de mercado e trade algorítmico Auros.
Memórias dos bons tempos
A explosão recente nos derivativos de Bitcoin (BTC) remonta o período no final de 2021, quando a criptomoeda atingiu US$ 69 mil, seu topo histórico.
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Variáveis como o custo das negociações de contratos futuros perpétuos (sem data de vencimento) e opções em aberto apontam para um renascimento do entusiasmo especulativo pelo Bitcoin, que mais do que dobrou de preço neste ano, em uma recuperação parcial das perdas de 2022.
A maior atenção decorre, em parte, das expectativas de que os primeiros ETFs (fundos de índice) de Bitcoin à vista dos EUA possam em breve receber aprovação regulatória, abrindo o ativo a mais investidores. O nível de entrada de mais capital via ETFs é uma questão em aberto, mas a possibilidade de uma maior procura é suficiente para estimular negociações arriscadas.
Um porta-voz da Deribit disse que o valor nocional dos contratos de opções de Bitcoin em aberto na plataforma atingiu um recorde de cerca de US$ 14,9 bilhões no início desta semana. O valor superou os US$ 14,4 bilhões alcançados em outubro de 2021, pouco antes de a moeda digital atingir seu maior preço.
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Os contratos em aberto referem-se a papéis que dão direito a exercícios e que ainda não foram liquidados.
“As opções de compra de criptomoedas tiveram forte demanda nas últimas semanas”, disse Caroline Mauron, cofundadora do provedor de liquidez de derivativos de ativos digitais Orbit Markets. Embora alguns traders tenham feito apostas alavancadas em um “grande rompimento” para US$ 100 mil ou mais, o teste mais imediato é o nível de US$ 38 mil, disse ela.
Contratos futuros perpétuos
Os futuros perpétuos estão entre os derivativos de Bitcoin mais populares, pois não têm data de vencimento definida. As exchanges utilizam a chamada taxa de financiamento para alinhar os contratos ao preço à vista subjacente.
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Em períodos de alta, a taxa tende a ser positiva, indicando que os traders que apostam em ganhos estão preparados para pagar fundos aos especuladores que estão vendidos, como um custo para manter as suas posições.
A taxa média de financiamento de sete dias para futuros perpétuos de Bitcoin até 15 de novembro estava em torno dos níveis vistos pela última vez no último trimestre de 2021, um período em que o Bitcoin estava se recuperando em direção ao seu maior preço, de acordo com dados da CryptoQuant abrangendo uma gama de exchanges de ativos digitais.
(Com Bloomberg)
