Título do Tesouro Direto pode virar garantia de empréstimo, caução de aluguel e vale-presente, diz Ceron

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, secretário do Tesouro afirmou que objetivo é dar um "empurrãozinho" para a popularização do programa

Equipe InfoMoney

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A equipe econômica do governo federal prepara um pacote de novidades no Tesouro Direto com lançamento previsto para julho. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, os títulos públicos deverão ficar disponíveis para uso como garantias de financiamentos e caução de aluguel, por exemplo. Está prevista ainda a criação de papéis para usos específicos, como educação, no formato de cartões de presente e ainda para realização de “vaquinhas”.

“Estamos colocando muita prioridade no programa Tesouro Direto e vamos lançar um pacotão de coisas muito bacanas para popularizá-lo, criar um contexto para que cheguem à baixa renda”, disse Ceron em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Segundo a agência de notícias, Ceron terá reuniões com a B3 ainda nesta semana para acertar os detalhes dos novos produtos. “Temos os títulos como prioridade zero e devemos lançar as novidades em julho, com a comercialização, a batida do martelo na B3, prevista para agosto”, disse, destacando que o Tesouro Direto já cresceu muito, mas vai ganhar um novo “empurrãozinho”.

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Segundo Ceron, uma das frentes em estudo é liberar o uso dos títulos para financiamentos bancários e para a compra de automóveis, entre outros. “Se eu já tenho Tesouro Direto para minha aposentadoria, posso usar os títulos como garantia. Isso ajudaria a reduzir os custos”, previu Ceron.

Outra ideia é a criação de um um papel com vencimento em três a 18 anos voltado para pais que queiram se programar para bancar os custos com a universidade dos filhos, como o InfoMoney noticiou em janeiro.

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Ainda no segmento educacional, Ceron também prevê que os títulos fomentem programas de políticas públicas, com incentivos, por exemplo, para alunos da rede estadual. “Estamos trabalhando para customizar o produto de modo que possam ser políticas públicas para o Estado que adquirem títulos e possam dar bolsas”, afirmou na entrevista.

“A ideia é popularizar muito mesmo o Tesouro Direto e queremos que todas as crianças tenham um cadastro no programa”, afirmou o secretário.

Outra ideia em desenvolvimento, segundo o Estadão/Broadcast, é a contrapartida de empresas em aplicações que seus funcionários façam em títulos públicos voltados aos seus filhos. “Isso deve aumentar o engajamento do funcionário com a empresa, pois o apelo é ainda maior do que com um modelo similar já feito atualmente para a previdência”, disse Ceron.

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Os estudos para a criação de novos produtos dentro do Tesouro Direto se segue ao lançamento do Tesouro RendA+ Aposentadoria Extra, título disponível desde o início do ano na plataforma e focado nas economias para a aposentadoria.

Com o novo título, o investidor pode planejar uma data para aposentadoria garantindo o recebimento de uma renda mensal pelo período de 20 anos seguintes. Há possibilidades de investimento para até 40 anos de acumulação, sempre seguidos por mais 20 anos de fluxo de renda mensal.

Em menos de 45 dias, o estoque de Tesouro RendA+ atingiu R$ 504 milhões. Segundo o Tesouro Nacional, a alocação nesse papel já corresponde a 15% da carteira de títulos públicos dos investidores que compraram o novo ativo. O valor médio de aplicação por título, feita por mais de 36 mil investidores, é de R$ 586.