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SÃO PAULO – O investidor do Tesouro Direto terminou o mês de outubro novamente com valorização dos títulos públicos, a exemplo do movimento visto em setembro. Em meio ao ciclo de redução dos juros em curso pelo Banco Central, que cortou a Selic novamente em meio percentual, para 5% ao ano, na última quarta-feira, as taxas dos papéis ofertados no Tesouro Direto continuam a ser ajustadas para baixo, resultando na alta dos preços.
O movimento de valorização dos títulos foi generalizado, com todos os papéis disponíveis para compra no Tesouro superando a variação de 0,48% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa, no mês. Sete de nove títulos ainda tiveram alta acima do avanço de 2,36% do Ibovespa. O único papel não considerado no levantamento foi o Tesouro Selic, dado que seu retorno segue a variação da Selic.
Vale lembrar que os preços dos papéis oscilam diariamente. O investidor só garante essas rentabilidades dos títulos públicos se decidir vender o papel hoje, portanto antes das respectivas datas de vencimento. Se preferir carregar os papéis até os prazos finais, o retorno do investidor vai respeitar as taxas e as condições contratadas no momento de aquisição dos títulos.
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Destaques do mês
A maior apreciação de outubro partiu mais uma vez de papéis de longo prazo, com destaque para o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045, com valorização de nada menos que 8,5%, com retorno de 71%, no acumulado do ano, e de 78%, em 12 meses.
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Ainda na categoria de títulos com retornos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2035 teve alta de 5,2% no mês passado, e acumula valorizações da ordem de 42% e 46%, em 2019 e nos últimos 12 meses, respectivamente.
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Na categoria de prefixados, a maior apreciação do mês ficou com o papel Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2029, com ganho de 3,3% em outubro e de 24,6%, no acumulado do ano. Em 12 meses, o retorno chega a 32%.
Desempenho dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto em outubro, no ano e em 12 meses
Trajetória em 2019
Com o desempenho de outubro, todos os títulos públicos apresentam alta acima de 18%, em 2019, e superior a 20%, no período acumulado de 12 meses. Seis papéis sustentam retornos maiores que o Ibovespa no ano e nos 12 meses.
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Embora as taxas dos títulos públicos já tenham caído bastante, alocadores de recursos ainda enxergam oportunidades no Tesouro Direto, conforme indicaram em matéria publicada hoje no InfoMoney.
As gestoras de patrimônio Julius Baer Family Office e TAG sugerem papéis indexados à inflação, com vencimentos em 2035 e 2045, que pagam hoje 2,94% ao ano.
“Acredito que, mesmo com a economia retomando, as taxas de juros neutras para prazos mais longos serão mais baixas do que as apresentadas historicamente, isto é, menores que 3%”, afirma Paulo Miguel, sócio do Julius Baer Family Office.
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Na quarta-feira, em conversa com o InfoMoney transmitida pelo YouTube sobre o último corte de juros pelo Banco Central, Gustavo Pessoa, sócio fundador da Legacy Capital, disse que a gestora segue com expectativa de que a Selic caia para 4% ao ano ao longo do ciclo e recomendou a alocação em papéis de renda fixa com prazos mais longos, para capturar o efeito do fechamento adicional das taxas. A preferência recai sobre títulos do tipo Tesouro IPCA+, por conta da proteção com a inflação.
Felipe Dexheimer, head de alocação da XP, também recomenda esses papéis para investidores interessados em alongar o prazo de suas carteiras, de olho em vencimentos de dez ou 15 anos.
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