Tesouro Direto tem captação líquida recorde de R$ 1,92 bilhão em outubro

Títulos atrelados ao IPCA se destacaram na preferência dos investidores, com participação de 46,7% nas vendas

Mariana Zonta d'Ávila

Ilustração (Pollyana Ventura/Getty Images)
Ilustração (Pollyana Ventura/Getty Images)

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SÃO PAULO – O Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos públicos para pessoas físicas, registrou captação líquida recorde em outubro, de R$ 1,92 bilhão – a maior de toda a série histórica, iniciada em 2002.

O resultado de outubro, que representou o sétimo mês consecutivo de vendas maiores que resgates, deve-se a vendas da ordem de R$ 3,5 bilhões – as maiores desde maio de 2019, quando somaram R$ 5,9 bilhões. Já as saídas, relativas a recompras, totalizaram R$ 1,6 bilhão no período.

Com o resultado de outubro, o programa passou a acumular captação líquida de R$ 26,3 bilhões no ano.

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Em meio à forte pressão inflacionária, os títulos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se destacaram na preferência dos investidores, com participação de 46,7% nas vendas.

Já os títulos atrelados à taxa Selic representaram 37,8% do total, enquanto os prefixados ficaram em terceiro lugar, com participação de 15,5%.

Com relação ao prazo de emissão dos títulos, a preferência dos investidores recaiu sobre papéis com vencimentos mais curtos, com prazos de um a cinco anos, com 61,3% das vendas. Os títulos públicos intermediários (com prazo entre cinco e dez anos) aparecem em seguida, com fatia de 25,4%. Já aqueles mais longos, acima de dez anos, ficaram com 13,3% das vendas do mês passado.

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Estoque e investidores

De acordo com os dados do Tesouro Direto, foram realizadas 523,1 mil operações em outubro – o maior volume desde agosto, quando houve 540,7 mil operações.

No período, o valor médio por operação foi de R$ 6.702,60, o mais alto desde março. A maior parte das vendas (82,5%), contudo, tiveram valores abaixo de R$ 5 mil.

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Já o estoque do programa alcançou um montante de R$ 74,52 bilhões, crescimento de 3,8% em relação a setembro, e de 21,1% ante outubro de 2020.

Os títulos indexados aos índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, com 55,6% do total. Na sequência, estão os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 25,5%, e, por fim, os papéis prefixados, com 18,9%.

No que tange ao número de investidores ativos, isto é, aqueles atualmente com saldo em aplicações no programa, o total voltou a crescer e chegou a 1.707.290 em outubro, um aumento de 25,7% nos últimos 12 meses. No mês passado, o acréscimo foi de 39,1 mil novos investidores ativos.

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