Tesouro Direto: taxas dos títulos públicos recuam com apetite ao risco menor no Brasil

Prefixados oferecem até 12,23% nesta sexta-feira (29)

Bruna Furlani Katherine Rivas

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As taxas dos títulos públicos operam em queda na tarde desta sexta-feira (29). As taxas dos prefixados recuam até 12 pontos-base, enquanto nos títulos atrelados à inflação as taxas apresentam baixa de até 5 pontos-base.

Segundo Flávio Serrano, economista-chefe da Greenbay Investimentos, as taxas de juros tiveram um dia de queda puxadas pelo movimento de apetite ao risco maior nos mercados internacionais. “Moedas tiveram um bom desempenho, inclusive o real”, destaca.

Serrano aponta que no decorrer do dia esse movimento perdeu força e algumas taxas subiram. “Provavelmente seja pela proximidade do final de semana e uma busca do investidor por proteção”, cita.

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A alta do petróleo também acabou impactando no mercado de renda fixa, aliviando a pressão nas taxas de juros.

Contudo, Serrano afirma que no final da tarde novamente foi observado um movimento de queda, porém modesto, nas taxas.

O economista destaca que no radar dos investidores estão a divulgação do Relatório Focus na segunda-feira e a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) que deve mexer com a taxa Selic na quarta-feira (4) – estes acontecimentos podem impactar no movimento da curva de juros na próxima semana.

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Dentro do Tesouro Direto, os títulos prefixados com vencimento em 2029 e 2033 apresentavam a maior queda nas taxas.

O Tesouro Prefixado 2029 e o Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, ofereciam uma rentabilidade anual de 12,09% e 12,23%, respectivamente, inferior aos 12,21% e 12,35% vistos ontem.

Já o Tesouro Prefixado 2025 apresentava um retorno anual de 12,13%, abaixo dos 12,19% registrados na sessão anterior.

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Nos títulos atrelados à inflação, a maior queda era do Tesouro IPCA+ 2055, com juros semestrais, que recuava 5 pontos-base.

O título público oferecia um retorno real de 5,75% nesta sexta-feira (29), interior aos 5,80% registrados ontem.

Os outros títulos atrelados ao IPCA apresentavam queda nas taxas de entre 2 e 3 pontos-base.

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Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos na tarde desta sexta-feira (29): 

Pnad

Na cena local, investidores repercutem os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No primeiro trimestre, a população desocupada (11,9 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre de outubro a dezembro (12,0 milhões de pessoas) e caiu 21,7% ante o primeiro trimestre de 2021 (3,3 milhões a menos do que as 15,3 milhões de pessoas desocupadas na época).

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Apesar de a taxa de desemprego ter ficado estável nos dois últimos trimestres, a população ocupada caiu 0,5% entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre deste ano (menos 472 mil pessoas empregadas) e o nível de ocupação recuou 0,4 ponto porcentual, para 55,2% (percentual de ocupados na população em idade de trabalhar).

Gasolina

A gasolina subiu 2,35% nos postos em abril mesmo sem reajuste da Petrobras

Mesmo sem reajuste pela Petrobras desde o dia 11 de março, o preço médio do litro da gasolina nos postos de abastecimento fechou abril em alta de 2,35% contra o mês anterior, com preço médio de R$ 7,495, segundo dados do Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Já o etanol, concorrente do combustível fóssil, avançou 4,37% se comparado a março, com o litro comercializado em média a R$ 5,936.

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“No comparativo com janeiro deste ano, a alta chega a 9% para a gasolina e de 3,1% para o etanol, segundo o último levantamento da Ticket Log. Quando comparamos com um ano atrás, os motoristas brasileiros já estão pagando 31,5% mais caro para abastecer com gasolina e até 30% para o etanol”, destaca Douglas Pina, diretor-geral da dona da pesquisa. (Estadão Conteúdo)