Tesouro Direto: investimento em títulos públicos atinge a marca histórica de R$ 7 bilhões em março

Aplicações de até R$ 1 mil representaram 53,5% das operações de investimento no mês; valor médio por operação foi de R$ 9.782,67

Neide Martingo

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Investir sim, mas com muita cautela. Essa é a leitura que se pode fazer do balanço do Tesouro Direto referente a março. Os investimentos em títulos públicos, que são considerados os mais seguros do mercado, chegaram a R$ 6,8 bilhões no período, maior valor da série histórica, com 699.398 operações.

Os resgates somaram R$ 5,781 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 1,061 bilhão. O título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que protege o investidor da inflação. O total foi de R$ 4,32 bilhões em vendas, responsável por 63,1%.

Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais e Tesouro RendA+) somaram R$ 1,7 bilhão (24,4%), enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 852,4 milhões em vendas (12,5%).

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Um destaque foi o novo título Tesouro RendA+, criado para quem quer priorizar a aposentadoria, com R$ 250,4 milhões em vendas, ou 3,7% do total.

A turbulência na economia provoca temor. Por isso, os ativos com prazo mais curto foram os que mais interessaram os investidores. A maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre cinco e dez anos, que alcançaram 45,4% do total. As aplicações em títulos com vencimento acima de dez anos representaram 16,7%, enquanto os títulos com vencimento de um a cinco anos corresponderam 37,9% do total.

Os ativos que protegem o investidor da inflação com prazos mais curtos já são tendência. Esse é o movimento visto desde o começo de 2023.

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As aplicações de até R$ 1 mil representaram 53,5% das operações de investimento no mês. O valor médio por operação foi de R$ 9.782,67.

Resgates antecipados

Nas recompras (resgates antecipados), predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 1,5 bilhão (62,8%). Os títulos remunerados por índices de preços (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais e Tesouro IGPM+ com Juros Semestrais) totalizaram R$ 625,3 milhões (26,1%) e os prefixados, R$ 267,7 milhões (11,2%).

No mês passado o total de investidores ativos no Tesouro Direto, isto é, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no programa, atingiu a marca de 2.141.535 pessoas, um aumento de 19.744 investidores.

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Já o número de investidores cadastrados cresceu em 368.600, alta de 32,6% em relação a março de 2022, atingindo a marca de 23.724.147 pessoas.

Neide Martingo

Jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios, trabalhou em veículos como Valor Investe, Diário do Comércio e Gazeta Mercantil e escreve sobre Renda Fixa no InfoMoney