Tesouro Direto: taxas recuam após forte alta na véspera; mercado digere dados de emprego no Brasil

Juros dão alívio após alta na esteira das falas de Lula, na semana passada, e de Haddad, nesta segunda-feira

Leonardo Guimarães

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As taxas dos títulos públicos operam em queda nesta terça-feira (31). O alívio acontece após o mercado precificar falas de integrantes do governo federal sobre a meta de zerar o déficit no ano que vem. Dados do mercado de trabalho brasileiro estão no radar dos investidores hoje.

Na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que o objetivo dificilmente será alcançado. Ontem, em entrevista coletiva, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, classificou a declaração de Lula como um “alerta” e evitou desmentir o presidente, aumentando o ceticismo do mercado acerca da meta. As declarações causaram forte abertura nas taxas de juros ontem, movimento que perde força na sessão de hoje.

Mais cedo, o IBGE divulgou que a taxa média de desemprego no Brasil segue caindo e chegou a 7,7% no trimestre encerrado em setembro. Este foi o menor nível desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (7,5%). O número veio em linha com a expectativa do mercado medida pelo consenso Refinitiv.

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O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) iniciou hoje a reunião para decidir o nível da taxa básica de juros do Brasil. A expectativa do mercado financeiro é de que o grupo corte a Selic de 12,75% para 12,25% ao ano. A decisão será anunciada nesta quarta-feira (1º), mesmo dia em que o banco central dos Estados Unidos deve anunciar manutenção dos juros básicos no intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano.

No Tesouro Direto, a rentabilidade real do Tesouro IPCA+ 2055 caía de 5,93% na última atualização de ontem para 5,91% na primeira atualização de hoje, às 9h22. A taxa do Tesouro IPCA+ 2045 saía de 5,90% para 5,88%. Já o título de inflação para 2029 entregava juro real de 5,79% ante 5,83% ontem.

Os prefixados entregavam rentabilidade anual também mais baixa, de até 11,77%, caso do papel com vencimento em 2033, que ontem pagava 11,87% ao ano. A taxa do Tesouro Prefixado 2029 caía de 11,69% para 11,56%, enquanto a do Tesouro Prefixado 2026 recuava de 11,09% para 10,98%.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta terça-feira (31):