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As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em direções mistas nesta segunda-feira (31). Investidores repercutem o último Boletim Focus e aguardam a decisão do Banco Central sobre a taxa de juros no Brasil.
A estimativa do mercado para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano caiu de 4,90% para 4,84%, segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Banco Central. A previsão de inflação para 2024 recuou de 3,90% na semana passada para 3,89%. As projeções de IPCA para 2025 e 2026 permaneceram em 3,50%.
O mercado opera à espera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) sobre a Selic. Embora a expectativa seja por corte na taxa, ainda não há consenso sobre a magnitude da queda. A maioria dos agentes (53%) espera corte de 0,5 ponto percentual, enquanto 43,5% esperam corte de 0,25 p.p., segundo o contrato de opção de Copom negociado na B3.
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Investidores ainda repercutem falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre os juros básicos do Brasil. No sábado, ele disse que apesar da queda da taxa de desemprego, a desaceleração econômica causada pela política monetária se manifesta no aumento da informalidade no mercado de trabalho. As declarações foram feitas em entrevista ao jornalista Luis Nassif.
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No Tesouro Direto, as taxas tinham direções mistas. A rentabilidade do Tesouro Prefixado 2026 caía de 10,13% na última sexta-feira (28) para 10,12% na primeira atualização desta segunda, às 9h19. Já a taxa do Tesouro Prefixado 2029 tinha alta, de 10,67% para 10,69%, enquanto a rentabilidade do prefixado para 2033 não tinha variação.
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O título de inflação para 2029 pagava juros reais de 5,05% hoje ante 5,04% na última sessão. A rentabilidade do Tesouro IPCA 2035 subia de 5,22% para 5,23%. Já o juro real do Tesouro IPCA+ 2045 caía de 5,50% para 5,46%.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta segunda-feira (31):
Boletim Focus
As previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, 2024 e 2025 foram mantidas em 2,24%, 1,3% e 1,9%, respectivamente. A previsão para 2026 caiu de 2% para 1,97%.
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Já a projeção da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) se manteve em 12% para o final de 2023, enquanto a de 2024 recuou de 9,50% para 9,25% e a de 2025 caiu de 9,0% para 8,75%. A de 2026 caiu de 8,63% para 8,50%.
Haddad defende juros mais baixos
Ao associar a taxa de juros à informalidade, Haddad argumentou que os pedidos de seguro-desemprego e a informalidade aumentaram, mesmo com a queda no desemprego, que chegou a 8% no segundo trimestre, menor taxa para o período desde 2014. Já o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 157.198 postos com registro em carteira em junho, de acordo com Ministério do Trabalho, abaixo das expectativas.
O ministro disse, novamente, que o orçamento é suficiente para acabar com fome e extrema pobreza no Brasil. Ele citou que é necessário, para isso, “ir atrás de quem realmente está precisando”. Para ele, isso passa pela reorganização do CadÚnico, sistema de cadastro de famílias que recebem auxílios, que está sob a gestão do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
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