Tesouro Direto: prefixado longo paga 11,59%, maior taxa desde maio, com atenções sobre EUA, IPCA-15 e ata do Copom

Juros locais acompanham taxas dos Estados Unidos, que foram às máximas desde 2007 na sessão de ontem

Leonardo Guimarães

(Getty Images)
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Com as taxas de títulos públicos norte-americanos próximas das máximas desde 2007, a rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto avança nesta terça-feira (26). As taxas de prefixados subiram às máximas desde maio.

Ontem, a taxa dos treasuries de 10 anos subiu até 11 pontos base, para 4,54%, o maior patamar desde outubro de 2007. O rendimento de 30 anos subiu até 13,6 pontos base, para 4,66%, o que não ocorria desde abril de 2011.

Na agenda de indicadores, destaque para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do País, que subiu 0,35% em setembro, após ter registrado alta de 0,28% em agosto. A variação mensal foi menor que a estimativa de 0,38% feita por analistas do mercado financeiro, segundo o consenso Refinitiv. Em setembro de 2022, a taxa foi de -0,37%.

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Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 5% nos últimos 12 meses, ante estimativa de 5,01% de analistas. No ano, a inflação do indicador é de 3,74%.

Apesar do resultado classificado como positivo, inflação de serviços como alimentação fora do domicílio, condomínio e passagens aéreas ainda preocupa analistas. “Para um Banco Central que tem se mostrado particularmente preocupado com a dinâmica dessa classe, a abertura de hoje não ajuda nas discussões de possível aumento de ritmo, por ora”, avalia Rafael Costa, analista e integrante do time de estratégia macro da BGC Liquidez.

Outra divulgação importante da manhã desta terça-feira (26), da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), mostrou que o BC julga como pouco provável uma intensificação adicional do ritmo de corte de juros.

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No Tesouro Direto, o prefixado com vencimento em 2029 entregava rentabilidade de 11,21% ante 11,17% na sessão anterior. É a maior taxa que o papel entrega desde 2 de junho. A rentabilidade do Tesouro Prefixado 2033 saltava de 11,44% para 11,59%, a maior desde 25 de maio.

Nos títulos de inflação, destaque para o papel com vencimento em 2045, que entregava a maior rentabilidade real: 5,86%, a maior taxa do título desde 25 de maio. O juro real do Tesouro IPCA+ 2029 subia de 5,39% para 5,45%, enquanto o do Tesouro IPCA+ 2055 avançava de 5,75% para 5,80%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta terça-feira (26):

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