Tesouro Direto: juros avançam para até 11,10% ao ano com desoneração da folha no radar

Investidores repercutem impacto fiscal do veto ao projeto que custaria R$ 9,4 bilhões por ano aos cofres públicos

Leonardo Guimarães

(iStock / Getty Images Plus)
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As taxas dos títulos do Tesouro Direto sobem nesta sexta-feira (24), enquanto o mercado repercute o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto de lei que regulamenta a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia que mais empregam no Brasil.

Até ontem, último dia do prazo para decidir sobre o veto, a escolha de Lula ainda era desconhecida. A decisão é considerada uma vitória para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que enfrenta pressão para diminuir o déficit fiscal do governo. A desoneração custa R$ 9,4 bilhões por ano aos cofres públicos.

Hoje, Haddad concedeu entrevista coletiva e disse que o governo vai apresentar ao Congresso – que pode derrubar o veto de Lula – alternativas “razoáveis” ao projeto de lei vetado.

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A pressão, agora, vem das empresas que seriam beneficiadas com a substituição da contribuição de 20% sobre os salários dos empregados a Previdência Social por uma alíquota entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta.

No exterior, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou nesta sexta-feira (24), que a luta contra a inflação na zona do euro “não está encerrada”, mas destacou o grande progresso já conseguido para levá-la de volta à meta de 2%. Segundo ela, o BCE “já fez bastante” no avanço dos juros, e agora pode “observar” o quadro, antes de decidir sobre os próximos passos.

Nos Estados Unidos, o dia é de fluxo menor, já que os mercados terão um dia mais curto de negociação, com fechamento às 15h.

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No Tesouro Direto, o avanço das taxas é leve. Na primeira atualização do dia, às 9h39, o Tesouro IPCA+ 2029 entregava rentabilidade real de 5,54% ao ano ante 5,53% no início da sessão de ontem. Já a taxa do Tesouro IPCA+ 2035 subia de 5,63% para 5,66%, enquanto a do título com vencimento em 2045 avançava de 5,76% para 5,80%.

Nos prefixados, o papel para 2033 pagava 11,10% ao ano ante taxa de 11,04% na véspera. A taxa do Tesouro Prefixado 2029 crescia de 10,86% para 10,90% e a do Tesouro Prefixado 2026 avançava de 10,29% para 10,31%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta sexta-feira (24):

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