Tesouro Direto: juros de prefixados caem e títulos de inflação sobem após aprovação do arcabouço fiscal

Mercado passa a acompanhar mais de perto a tramitação da reforma tributária no Senado

Leonardo Guimarães

(Getty Images)
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Os juros dos títulos do Tesouro Direto seguem direções opostas nesta quarta-feira (23). Enquanto a rentabilidade dos prefixados recua após altas nas últimas sessões, as taxas dos títulos de inflação, menos voláteis, avançam.

O assunto do dia é a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados. O projeto de lei complementar que substitui o teto de gastos segue para sanção presidencial.

Após acordo entre líderes partidários, o plenário da Câmara decidiu manter fora do limite de gastos os recursos relativos à complementação da União para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) também ficou de fora do limite.

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Agora, as atenções se voltam para a reforma tributária. Uma pesquisa realizada pela consultoria de análise política Arko Advice com senadores mostrou que 60,71% dos integrantes da casa legislativa acreditam que o projeto será aprovado pelo plenário até outubro.

No Tesouro Direto, as taxas de prefixados recuavam após apresentarem alta nas últimas sessões. O Tesouro Prefixado 2033 pagava 11,11% ao ano contra 11,24% na sessão de ontem. Já o prefixado com vencimento em 2029 tinha rentabilidade de 10,86% ante 10,98% na véspera. A taxa do Tesouro Prefixado 2026 caía de 10,24% para 10,14%.

Nos títulos de inflação, o movimento era inverso. A taxa do Tesouro IPCA+ 2035 subia de 5,22% para 5,23%. Já o Tesouro IPCA+ 2045 entregava rentabilidade real de 5,54% ante 5,49% na véspera. A taxa do papel para 2055 subia de 5,39% para 5,42%.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta quarta-feira (23):

PMI de serviços da zona do euro recua para a mínima em 33 meses

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços da zona do euro recuou de 50,9 para 48,3 entre julho e agosto, atingindo assim a mínima de 33 meses, de acordo com pesquisa realizada pela S&P Global em parceria com o banco HCOB. O dado ficou abaixo da mediana das projeções do mercado, que esperava queda menor, para 50,5. Um índice abaixo de 50 significa contração da atividade no mês.

O PMI industrial da área da moeda comum, por sua vez, avançou de 42,7 em julho para 43,7 em agosto, a segunda alta mensal seguida. Nesse caso, a projeção era pior, de um índice de 42,6.