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SÃO PAULO – A companhia TelexFree, acusada de pirâmide financeira nos Estados Unidos, está sem condições de pagar seus credores e, portanto, deve ser incluída na lei federal que coloca um interventor na condução dos negócios, enquanto o devedor fica sob a supervisão da justiça, apesar de ainda permanecer no controle.
O juiz da divisão de falências de Worcester, em Massachusetts, Melvin Hoffman, afirmou na terça-feira (27), ao The Wall Street Journal, que quer colocar o interventor no comando o quanto antes e que os fatos mostrados pelas autoridades americanas sobre o caso justificam essa nomeação de fora.
Joseph Davis, advogado da empresa nos Estados Unidos, questionado sobre a chegada de um administrador indicado pela Justiça, afirmou que concorda com a intervenção na empresa. “Nós não faremos oposição a isso, afinal, faz sentido a empresa não ficar nas mãos de quem a levou à falência”, disse ao jornal.
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A TelexFree é acusada nos EUA de ter montado um esquema de fraude, chamado pirâmide financeira, que já arrecadou, de forma ilegal, US$ 1 bilhão. James Merrill, um dos sócios da empresa, foi preso no início de maio, enquanto o brasileiro Carlos Wanzeler está foragido. Ambos podem pegar até 20 anos de prisão caso sejam declarados culpados pela justiça. No Brasil, diferentemente dos Estados Unidos, o processo ocorre de forma bem mais lenta.