Renda fixa: papéis de longo prazo se recuperam e registram valorização de até 3,39% em novembro

Após três meses de perdas, os papéis com prazo superior a cinco anos tiveram o melhor desempenho entre os títulos públicos de renda fixa em novembro. Ativos prefixados e atrelados à inflação tiveram rendimento superior ao de debêntures no mês passado.

Os papéis do Tesouro IPCA+ com vencimento acima de cinco anos – representados pelo índice IMA-B5+ – tiveram valorização de 3,39% em novembro. No ano, esses papéis têm valorização de 14,75%.

Já os prefixados com prazo acima de um ano (IRF-M 1+) subiram 3,14%, acumulando alta de 16,50% no ano. Os dados foram divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

O índice que mede o desempenho de todos os títulos públicos marcados a mercado, o IMA, subiu 1,84% em novembro, acumulando alta de 12,96% em 2023.

“O cenário de alta nos juros americanos vinha impactando a perspectiva econômica de longo prazo no mundo todo. Agora, os Estados Unidos assistem uma desaceleração gradual da inflação, o que melhora a visão dos investidores e, consequentemente, títulos com prazo maior performam melhor”, explica Marcelo Cidade, economista da Anbima.

Nos papéis curtos, também houve variação positiva. O IMA-B-5, carteira teórica com títulos de inflação com prazo de até cinco anos, subiu 1,80%. Já o IRFM-1, que tem prefixados de até um ano, apresentou rentabilidade de 1%.

Os papéis do Tesouro Selic tiveram valorização de 0,91% em novembro, de acordo com IMA-S.

Fonte: Anbima – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais

Os títulos públicos de longo prazo tiveram melhor desempenho que os papéis corporativos em novembro. O IDA-IPCA ex-infraestrutura, que reflete o desempenho de debêntures sem isenção de Imposto de Renda, teve a maior rentabilidade mensal: 2,46%.

Já os papéis incentivados, medidos pelo IDA-IPCA infraestrutura, avançaram 2,42%. Os papéis pós-fixados, atrelados ao DI, tiveram valorização de 1,23%.

O índice que acompanha todas as debêntures marcadas a mercado (IDA) avançou 1,71% no mês, acumulando rentabilidade de 10,45% no ano.

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