Renda fixa: onde investir e de quais aplicações fugir em fevereiro, segundo a XP

Os analistas continuam considerando atrativos os ativos indexados à inflação, com destaque para a NTN-B com vencimento em agosto de 2026.

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Após o movimento recente de queda dos juros básicos, o time de analistas da XP Investimentos acredita que os ativos prefixados apresentam poucas possibilidades de ganhos adicionais. Neste contexto, os analistas sugerem a redução dessas posições no mês de fevereiro por meio de vendas para títulos públicos ou, para crédito privado prefixado, através de futuros de DI ou swap.

Do outro lado, a XP continua considerando atrativos os ativos indexados à inflação, com destaque para a NTN-B com vencimento em agosto de 2026.

“O carregamento de posições em títulos ligados à inflação ainda é favorável, mas é interessante observar que, sem a evolução da agenda fiscal no Brasil, o mercado tem exigido prêmios maiores para os títulos indexados à inflação. Assim, uma NTN-B com vencimento em 2026 ainda remunera o investidor acima de 4,60% ao ano acima da inflação. Um bom retorno para quem compra hoje, mas é interessante notar que esses títulos não têm se valorizado na mesma velocidade do mercado acionário”, ponderam os analistas.

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Vale lembrar que o Ibovespa fechou o mês de janeiro em forte alta de 11,14%, aos 84.913 pontos, atingindo novo recorde. Enquanto isso, o período se caracterizou pela redução das curvas de juros brasileiras, tanto em termos reais quanto nominais, principalmente após o dia 24 de janeiro, dia do julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com isso, os ativos indexados à inflação, representados pelo índice IMA-B da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), renderam 3,40%, ou 586% CDI, enquanto os ativos prefixados, representados pelo índice IRF-M da Anbima, renderam 1,30%, ou 224%CDI.

“Os gestores que quiseram fazer sua aposta em Brasil no mercado de renda fixa, ficaram para trás em desempenho frente aos profissionais que tiveram a coragem em acreditar na melhora dos resultados das empresas após a saída da recessão e compraram posições em ações”, avalia a XP.

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Para o primeiro semestre do ano, os analistas acreditam que essa tendência possa continuar. Contudo, caso os títulos ligados a inflação comecem a se valorizar mais rápido a partir de agora, a XP consideraria reduzir as posições desses títulos mais próximos do patamar de 4,40% de retorno sobre a inflação.

Por enquanto, o posicionamento segue neutro em ativos prefixados e indexados à inflação e abaixo do neutro em ativos pós-fixados. Neste último caso, o objetivo da XP é aumentar sua alocação em multimercados e renda variável.

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“Entendemos que até o final de abril, devido ao IPC-A corrente, essas posições apresentaram ganhos acima do CDI. Dessa forma, seguimos neutros em relação a essa classe de risco, destacando que consideramos o patamar de juro real de 4,40% a.a. um ponto interessante de venda da posição”, destacam os analistas em relatório.