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As taxas de CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) de médio e longo prazo subiram nas últimas duas semanas, acompanhando o movimento dos juros dos Estados Unidos. Investidores conseguiram rentabilidade de até 12,90% em prefixados (com taxa conhecida no momento da aplicação) ou 130% do CDI nos pós-fixados.
“Os juros americanos são a grande referência do mercado global e, recentemente, avançaram muito, o que trouxe alta nas taxas de títulos de longo prazo por aqui ante papéis de curto prazo”, explica Gilvan Bueno, sócio e gerente educacional da Órama.
A pedido do InfoMoney, a Quantum Finance mapeou os 293 CDBs emitidos entre 11 e 24 de outubro. Na comparação com o último levantamento, que mostrou as taxas de papéis emitidos entre 27 de setembro e 10 de outubro, houve queda nas taxas de prefixados e títulos de inflação de curto prazo, enquanto os de longo prazo ofereceram taxas superiores.
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Chama atenção, ainda, a queda no número de emissões, de 364 para 293. Especialistas explicam que o movimento é natural com a queda dos juros, já que antes os rendimentos eram superiores e atraíam mais investidores. “As captações seguem acontecendo, mas agora em menor volume, o que é normal”, segundo , Jonas Carvalho, CEO da Hike Capital.
CDBs pós-fixados
As taxas dos CDBs pós-fixados (atrelados ao CDI) seguem em alta. Um papel emitido pelo Banco Master oferece remuneração de 130% do CDI por dois anos. A taxa média para esse período subiu de 101,26% do CDI para 101,39%.
No horizonte mais longo, a partir de três anos, a taxa média paga pelos bancos chegou a 101,92% do CDI ante 101,63% na leitura anterior. A maior remuneração para o período é de 113% do CDI.
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Já os papéis de curtíssimo prazo, com vencimento em três meses, oferecem, em média, 102,45% do CDI, aumento significativo de 140 pontos-base (cada ponto-base equivale a 0,1 ponto percentual) em relação às taxas praticadas no levantamento anterior, que mapeou os CBDs emitidos entre 27 de setembro e 10 de outubro.
O número de emissões de títulos pós-fixados teve forte queda, de 222 entre setembro e outubro, para 178 nas últimas duas semanas.
Retornos de CDBs indexados ao CDI de 11/out a 24/out | ||||||
Prazo (meses) | Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | %CDI | 99,50% | 102,45% | 106,50% | 21 | Paraná Banco |
6 | %CDI | 97,50% | 99,31% | 105,50% | 16 | Banco Votarantim |
12 | %CDI | 90,00% | 100,54% | 106,90% | 41 | Banco Pan |
24 | %CDI | 98,00% | 101,39% | 130,00% | 64 | Banco Master de Investimentos |
36 | %CDI | 90,00% | 101,92% | 113,00% | 36 | Banco Mercantil |
Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, ou seja, não consideram o Imposto de Renda.
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CDBs prefixados
As taxas de títulos bancários prefixados seguiram direções mistas nas últimas semanas. Enquanto a remuneração de papéis de curto prazo encolheu, o juro oferecido pelos CDBs de médio a longo prazo subiu.
A taxa média dos prefixados com vencimento em 36 meses avançou de 11,91% para 12,22%, com a maior remuneração para o período – 12,88% – oferecida pelo Haitong Brasil. Já a rentabilidade média dos papéis de 12 meses teve leve alta de 11,25% para 11,26%.
As quedas aconteceram nos prefixados de três meses – a taxa média caiu de 12,08% para 11,86% – e de seis meses – de 11,62% para 11,51%.
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Os juros dos prefixados interromperam, no levantamento anterior, uma série de meses em queda. O movimento foi um reflexo da abertura (subida) das taxas futuras de juros com várias incertezas acerca dos Estados Unidos preocupando o mercado financeiro.
Carvalho esclarece que as taxas refletem a previsão do mercado de uma taxa de juros superior à precificada anteriormente pelos agentes.
“Está claro que existe interesse em baixar os juros no curto prazo no Brasil. Porém, para o longo prazo, o mercado precifica que os juros vão precisar se comportar de maneira diferente do que o previsto há algumas semanas”, diz Carvalho.
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Retornos de CDBs prefixados de 11/out a 24/out | ||||||
Prazo (meses) | Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | PREFIXADO | 10,96% | 11,86% | 12,10% | 10 | Banco Daycoval |
6 | PREFIXADO | 11,15% | 11,51% | 11,96% | 18 | Banco Daycoval |
12 | PREFIXADO | 10,60% | 11,26% | 11,65% | 16 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
24 | PREFIXADO | 10,85% | 11,61% | 12,90% | 15 | Andbank |
36 | PREFIXADO | 10,99% | 12,22% | 12,88% | 15 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, ou seja, não consideram o Imposto de Renda.
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CDBs de inflação
Nos ativos indexados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), as taxas também seguiram direções opostas, com os papéis mais curtos pagando menos na comparação com o último levantamento.
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CDBs de inflação com vencimento em 24 meses pagaram, em média, 5,80% entre 11 e 24 de outubro, ante rendimento de 5,99% entre 27 de setembro e 10 de outubro. A maior remuneração – 6,55% – foi oferecida pelo Haitong Brasil.
Nos papéis mais longos, houve alta na taxa média, que passou de 6,30% para 6,36% além da variação da inflação. A taxa mínima, que antes era de 4,90%, subiu para 5,35%, enquanto a máxima ficou estável em 6,70%.
O número de títulos emitidos também encolheu nesse indexador, saindo de 47 para 41 papéis.
Retornos de CDBs indexados à inflação de 11/out a 24/out | ||||||
Prazo (meses) | Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
24 | IPCA | 5,00% | 5,80% | 6,55% | 18 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
36 | IPCA | 5,35% | 6,36% | 6,70% | 23 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, ou seja, não consideram o Imposto de Renda.