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A Polícia Federal cumpriu nos últimos dias novas diligências do caso que investiga a suposta pirâmide de criptomoedas promovida pela GAS Consultoria, empresa de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o “Faraó do Bitcoin”, informou a PF nesta sexta-feira (5).
Policiais federais cumpriram nesta semana 12 mandados de busca e apreensão de carros e motos de luxo pertencentes aos investigados por prática de crimes contra o sistema financeiro. Os mandados, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, foram cumpridos em São Paulo, no Rio de Janeiro e nas cidades de São Pedro da Aldeia e Cabo Frio (ambas na Região dos Lagos do estado do Rio, onde surgiu a GAS).
A ação faz parte de uma nova fase da Operação Kryptos, deflagrada em 2021. Segundo a Polícia Federal (PF), a soma dos valores dos bens ultrapassa os R$ 3 milhões. O objetivo da apreensão, diz a PF, é evitar que os veículos sejam transferidos para outras pessoas, como aconteceu com parte da frota de R$ 13 milhões apreendida há dois anos.
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“A atuação da Polícia Federal evitou a dissipação do patrimônio dos investigados e deu seguimento ao trabalho de descapitalização da organização criminosa em questão, alvo da Operação Kryptos e de todas as ações instauradas em seu desdobramento”, informa a PF em nota.
Os investigados respondem pelos crimes de operação sem autorização de instituição financeira, gestão fraudulenta, organização criminosa e apropriação indébita.
Faraó do Bitcoin
Santos é suspeito de operar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. A GAS Consultoria, principal empresa envolvida na fraude, tem sede em Cabo Frio, a 120 quilômetros da capital fluminense.
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O suspeito cumpre prisão preventiva após a primeira fase da Operação Kryptos, deflagrada em agosto de 2021. Na época, além de veículos, a PF apreendeu 591 BTC, avaliados atualmente em R$ 17 milhões.
Glaidson é acusado de cometer crimes contra o sistema financeiro nacional ao lado de outras 16 pessoas. A Polícia Civil do Rio de Janeiro também investiga seu envolvimento como mandante de um homicídio.
Em janeiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mudou entendimento anterior e passou a apontar que o negócio fundado por Santos se trata de uma fraude. O colegiado da autarquia deve votar em breve o processo administrativo sancionador aberto contra a empresa.
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A Justiça do Rio de Janeiro decretou em fevereiro a falência da GAS Consultoria. Segundo documentos do processo, ela tem cerca de 127 mil credores e passivo de mais de R$ 9 bilhões. A PF afirma que a GAS movimentou, em uma década, quase R$ 40 bilhões.
(Com informações da Agência Brasil)