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Para BlackRock, janela se abriu para aumentar alocação em Europa e Japão

Gestora de US$ 9,4 tri destacou altas taxas de títulos públicos europeus, assim como oportunidades em ações japonesas

Bruna Furlani

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A possibilidade de que as taxas de juros na Europa e no Reino Unido permaneçam elevadas por mais tempo fez com que a gigante BlackRock passasse a ter uma visão mais positiva para títulos emitidos por países europeus.

Em relatório publicado na última semana, a casa afirmou que agora vê oportunidade de elevar a alocação em títulos do Governo de nações europeias, incluindo o Reino Unido de neutro para acima da média de mercado (overweight).

Em sua justificativa, a BlackRock destacou que a manutenção de taxas elevadas por mais tempo faria com que os rendimentos dos títulos também ficasse mais alto, o que aumentava o otimismo com os papéis.

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Ao comentar sobre a política monetária da Europa, a gestora, que possui US$ 9,4 trilhões sob gestão, afirmou que a alta de juros feita pelo Banco Central Europeu (BCE) na semana passada parece ter sido a última na sua campanha contra a alta da inflação, mas disse não esperar cortes antes da metade de 2024.

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A gestora também avaliou que os mercados podem estar “superestimando” a possibilidade de que novas altas possam ocorrer. Na semana passada, o BCE elevou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, para 4% ao ano, na máxima histórica.

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Já o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), por sua vez, optou por manter a taxa básica de juros inalterada em 5,25% ao ano, após 14 altas consecutivas. Dessa forma, os juros seguem no maior patamar desde fevereiro de 2008.

Segundo o Comitê de Política Monetária do BoE, cinco dirigentes votaram a favor da manutenção da taxa, enquanto quatro optaram por elevá-la em 0,25 ponto percentual (p.p.), para 5,50% , como também era esperado por uma parcela relevante do mercado.

Maior otimismo com ações japonesas

Outra mudança que começa a entrar no radar da casa envolve uma visão mais favorável para ações japonesas. No relatório, a BlackRock destacou que os balanços fortes, a recompra de ações e reformas corporativas favoráveis feitas pelo País justificam o incremento da posição.

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Ao mesmo tempo, a gestora disse que cortou para neutra a alocação em ações de mercados emergentes, incluindo papéis chineses. Anteriormente, a posição estava acima da média de mercado.

Na avaliação da casa, o setor imobiliário chinês continua a ser um obstáculo, mesmo diante de sinais de estabilização no crescimento do País.