O que fazer com os investimentos diante da nova Selic? Especialistas avaliam decisão do Copom

Evandro Buccini, sócio e diretor de Renda Fixa e Multimercado da Rio Bravo, e Luana Miranda, economista da Gap Asset, participam de live após decisão do BC

Mariana Segala

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide nesta quarta-feira (2) o novo patamar da taxa básica de juros – a Selic – fixada atualmente em 9,25% ao ano.

A expectativa do mercado – unânime, no caso dos gestores de fundos multimercados – é de que a elevação seja de 1,5 ponto percentual, levando a Selic para 10,75% ao ano.

Se confirmado o cenário, o ciclo atual de aperto monetário somará uma alta de 8,75 pontos percentuais e será o mais intenso desde 1999. Na época, em meio à crise cambial, o BC aumentou a Selic em 20 pontos porcentuais de uma vez só.

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O ciclo atual começou em março de 2020, quando os juros básicos da economia ainda estavam no menor patamar da história, em 2% ao ano. Na visão predominante entre os gestores, ele deve prosseguir até maio – ao menos essa é a expectativa de dois terços dos entrevistados. Para pouco menos de um terço, o ciclo pode se encerrar ainda em março.

Um levantamento da XP com 36 gestores mostra que para 28% deles, a taxa Selic deve estacionar em 12% ao ano no fim do ciclo. Para outros 28%, a taxa chegará a 12,25% ao ano. Essas são as apostas mais numerosas.

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Diante dessa perspectiva, 78% dos gestores afirmam que atualmente ou não têm posições em juros, ou têm aposta de pequena a média na queda dos juros futuros. Os restantes, ao contrário, afirmam possuir aposta pequena a média na alta dos juros futuros.

Mais da metade dos gestores – mais precisamente, 52% – acreditam que haverá alta na Bolsa local e, por isso, têm aposta pequena ou média nesse sentido. Outros 6% têm uma aposta “importante”. A confiança no desempenho da B3 é maior que a verificada nos levantamentos anteriores.

Sobre o mercado de câmbio, 45% dos gestores acreditam que haverá queda do dólar contra o real e 16% indicam esperar o contrário, uma alta. Uma fatia de 39% dos participantes afirmam não possuir posições em dólar no momento.

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Para entender o impacto da decisão sobre a economia e os investimentos, Mariana Segala, editora de Investimentos do InfoMoney, conversa, às 19h, com Evandro Buccini, sócio e diretor de Renda Fixa e Multimercado da Rio Bravo, e Luana Miranda, economista da Gap Asset. Acompanhe a live no canal do InfoMoney no YouTube.

Mariana Segala

Editora de Investimentos do InfoMoney