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SÃO PAULO – Os fundos multimercados se destacaram em maio por apresentar os melhores retornos aos investidores, divulgou a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) nesta quinta-feira (7).
De acordo com a associação, a média dos produtos Long and Short superam inclusive os principais indicadores do mercado desde janeiro deste ano: o tipo Long and Short Neutro (que faz operações ligadas à renda variável, montando posições compradas e vendidas com o objetivo de manter exposição financeira limitada a 5%) rendeu 6,46% e o Long and Short Direcional (que faz operações de ativos e derivativos ligados à renda variável, montando posições compradas e vendidas) chegou a 5,15%, enquanto o Ibovespa e o IMA Geral (Índice de Mercado ANBIMA) tiveram rentabilidades de 0,5% e 2,32%, respectivamente.
Com relação aos fundos de renda fixa, os melhores retornos foram encontrados naqueles de prazos mais longos. O tipo Renda Fixa Duração Alta Grau de Investimento, por exemplo, acumulou rentabilidade de 3,46%. Já os fundos de ações refletiram a baixa da bolsa de valores: o tipo Ações Livre (que não tem compromisso de concentrar em uma estratégia específica) variou 0,34% no acumulado entre janeiro e maio.
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No último mês, a alta volatilidade do mercado, marcada pela desvalorização das moedas emergentes, manutenção da Selic em 6,5% e revisões de baixa para o crescimento do PIB, fez com que houvesse um aumento nos resgates, que totalizaram R$ 4 bilhões. Ainda assim, no resultado consolidado a tendência ainda é positiva, segundo a Anbima, visto que a captação líquida acumulada é de R$ 57,4 bilhões – 29,6% acima da média verificada entre os meses de janeiro e maio dos últimos quatro anos.
Além de apresentar o melhor desempenho do ano, os multimercados seguem na liderança da indústria, com R$ 1,8 bilhão de ingressos líquidos em maio. Os fundos de ações captaram R$ 469,7 milhões no período enquanto os produtos de renda fixa chegaram ao quarto mês consecutivo de resgates (R$ 2 bilhões no último mês), como reflexo dos juros mais baixos.
