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(Bloomberg) – O veterano Mark Mobius recomenda que os investidores apliquem 10% da carteira em ouro, argumentando que as moedas vão se depreciar após o estímulo sem precedentes implementado para combater a pandemia do coronavírus.
Na fase atual, “10% devem ser colocados em ouro físico”, disse Mobius, que criou a Mobius Capital Partners após mais de três décadas trabalhando na Franklin Templeton Investments. “A desvalorização das moedas globalmente será bastante significativa no próximo ano, considerando a incrível quantidade de oferta de moeda impressa.”
O ouro bateu recorde no ano passado, quando a pandemia desencadeou uma corrida por ativos seguros, mas recuou com a distribuição de vacinas.
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Para enfrentar a crise, bancos centrais e governos em todo o mundo liberaram estímulos monetários e fiscais em magnitude nunca vista, sobrecarregando os balanços patrimoniais de bancos centrais e as finanças públicas.
“Vai ser muito, muito bom ter ouro físico que pode ser acessado imediatamente, sem o perigo de o governo confiscar todo o ouro”, disse Mobius — fã de longa data do metal — durante entrevista.
A onça de ouro à vista é negociada em torno de US$ 1.815, mas bateu recorde há cerca de um ano, quando passou de US$ 2.075. Desde o início de 2021, o metal acumula queda de 4%, enquanto os mercados acionários globais se mantêm perto do recorde e o banco central americano (Federal Reserve) delineia a estratégia para reduzir o estímulo.
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Os investidores têm preferido distância de fundos negociados em bolsa (ETFs) lastreados em ouro por causa da força contínua das ações. O total global de ativos em ouro nas carteiras diminuiu 8,5% ao longo dos últimos 12 meses, de acordo com dados da Bloomberg.
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