Kinea prevê 2024 positivo para ações de emergentes e traça apostas na Bolsa local; Sabesp é uma delas

Gestora também está de olho na eleição americana e cita três papéis que poderiam ser beneficiados com eventual volta de Donald Trump

Bruna Furlani

(Divulgação/Sabesp)
(Divulgação/Sabesp)

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A disseminação do processo de corte de juros ao redor das economias do globo no ano que vem deverá ter um impacto direto na renda variável, com destaque para as Bolsas de países emergentes, como o Brasil.

A avaliação é da Kinea. Em carta divulgada neste mês, a gestora destacou que a Bolsa brasileira está com o valuation bastante “deprimido” e reforçou que a melhoria do ciclo de crédito, juntamente com a queda da Selic, deveriam trazer um ambiente mais positivo para o mercado acionário local.

Nos cálculos da gestora, o Ibovespa estaria com um preço sobre lucro equivalente a 9,0 vezes, bem menor do que o múltiplo de 13,4 vezes registrado, em média, ao longo dos anos.

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Dentro da Bolsa local, as maiores apostas da gestora para 2024 estão no setor de concessões públicas em papéis como Equatorial (EQTL3), Sabesp (SBSP3), Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3); (ELET6).

Já no agronegócio, o foco maior da casa está na SLC Agrícola (SLCE3) e na São Martinho (SMTO3), enquanto a Hapvida (HAPV3) é a companhia preferida dentro do setor de saúde.

Destaque também para as ações do Iguatemi (IGTI3), Aliansce Sonae, atual Allos, (ALOS3), Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e Prio (PRIO3).

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Dentro da alocação Brasil, a casa conta ainda que vê boas oportunidades de estar aplicada (apostando no recuo) em juros curtos.

A gestora avalia que, com os núcleos de inflação a níveis próximos da meta e um ambiente global mais estável, seria possível que o Comitê de Política Monetária (Copom) pudesse entregar uma Selic menor do que a que está precificada hoje pelo mercado.

O Comitê volta a se reunir na próxima semana para decidir sobre a nova taxa básica de juros. A expectativa do mercado é que o colegiado reduza a Selic em 0,50 ponto, o que levaria os juros para o patamar de 11,75% ao ano.

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Visão sobre EUA

Já quando o assunto é exterior, a Kinea defende que a curva longa de juros americana deve “ficar entre a cruz a espada” no ano que vem.

“Por um lado, ainda teremos elevadas emissões de títulos de prazo mais longo nos Estados Unidos (cupons) ao longo dos próximos trimestres. Por outro lado, imaginamos que os bancos centrais ao redor do planeta iniciem um ciclo de corte em 2024, o que deve reverberar na curva longa”, observa a gestora.

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Embora o próximo ano seja de eleição nos Estados Unidos, o que poderia impactar os ativos de risco, a casa vê algumas oportunidades na Bolsa americana e lembra que o potencial retorno de Donald Trump para a presidência poderia ser positivo para alguns grupos de ativos como os relacionados à biotecnologia e defesa.

Dentro desses segmentos, a Kinea conta que detém posições que apostam na alta de papéis (comprada), como Novo Nordisk, General Dynamics e Raytheon Technologies.

A gestora também está com posições compradas em empresas mais ligadas à inteligência artificial, como Amazon, Meta, Microsoft, TSMC e Nvidia, além de companhias relacionadas ao setor de equipamentos para fabricação de semicondutores, como a ASML, Applied Materials e KLA.

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Empresas mais ligadas ao urânio, como a URA, Cameco, além de companhias relacionadas à recuperação de economias emergentes, como Sands, Mercado Livre e LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton também tem vez no portfólio comprado da casa.

Por outro lado, a casa está apostando num recuo dos preços nas ações de Apple, Lowe’s e The Home Depot.

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