Jogador Gustavo Scarpa pede 30% do salário de William Bigode por prejuízo com pirâmide de criptomoedas

Na semana passada, um juiz disse que o atleta acusado Willian Bigode integra uma suposta pirâmide financeira com criptos

Lucas Gabriel Marins

Gustavo Scarpa, ex-jogador do Palmeiras (Getty Images)
Gustavo Scarpa, ex-jogador do Palmeiras (Getty Images)

Publicidade

O jogador Gustavo Henrique Furtado Scarpa, do Nottingham Forest, pediu para a Justiça de São Paulo penhorar 30% do salário do ex-jogador do Palmeiras Willian Gomes de Siqueira (Willian Bigode), atual Athletico-PR, em ação que move contra o jogador. A informação foi publicada primeiramente pela ESPN e confirmada pelo InfoMoney.

O dinheiro seria usado para pagar parte da dívida de Bigode com Scarpa em um caso envolvendo um suposto golpe financeiro com criptomoedas.

No processo, Scarpa alega ter perdido R$ 6,3 milhões na Xland, um suposto esquema de pirâmide com criptoativos investigado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), após indicação de Bigode, seus sócios e sua empresa, a WLJC Consultoria.

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Na semana passada, em decisão que tornou Bigode réu na ação, o juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, disse que a WLJC e seus donos integravam a suposta pirâmide financeira de criptoativos e colaboravam com a captação de clientes.

“Ao que os elementos contidos nos autos indicam, através de seus sócios, a empresa requerida atuou como interlocutora entre o autor e as demais prestadoras de serviço, restando incontroverso que era responsável pela captação de clientes para a requerida Xland e com esta mantém ou mantinha verdadeira parceria comercial”.

Leia mais:

Continua depois da publicidade

Na petição enviada à Justiça, a defesa de Scarpa também pede bloqueio e arresto de móveis, investimentos, valores em contas bancárias, ativos financeiros em corretoras, entre outros. Conforme o processo, até agora não foi possível localizar bens dos acusados para pagar a dívida, situação que, segundo decisão judicial recente, revela obstáculo ao ressarcimento.

Quando o caso veio à tona no início do ano, Bigode falou que também teria sido vítima da Xland. Em nota enviada via assessoria de imprensa nesta sexta-feira (7), a defesa do jogador disse que, em relação à recente movimentação da defesa de Scarpa, “nos manifestaremos no processo impugnando o pedido, pois entendemos que é descabido por não haver condenação, bem como, porque sequer foi aberto prazo para apresentação de defesa”.

Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney