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SÃO PAULO – Investidores institucionais estão aplicando mais em títulos de securitização, como é o caso dos CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários). As duas aplicações de renda fixa são originadas a partir de financiamentos do agronegócio e imobiliários, respectivamente.
Segundo relatório da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), se entre janeiro e outubro de 2017 apenas 9,4% dos aportes em CRAs eram destes investidores, em 2018, a parcela subiu para 32,1%.
Com o CRI o aumento de participação foi menor: passou de 60,8% até outubro de 2017 para 64,8% um ano depois.
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Até dois anos atrás, a maior parte dos participantes de CRAs e CRIs eram ligados às próprias ofertas, como o caso de bancos líderes das próprias emissões, além de pessoas físicas. A recente demanda dos investidores institucionais por papéis corporativos já havia sido observada ano passado, no mercado de debêntures. Esse movimento caracteriza maior propensão aos riscos em busca de rentabilidade, dado o atual cenário de juros baixos.
No caso dos CRAs e dos CRIs, além da baixa de juros, houve também queda no número de operações. A falta de lastro para emissões tornou a busca por estes títulos ainda mais concorrida. Ano passado, até outubro, houveram 136 ofertas de CRIs, este ano, apenas 82. Apesar de menos acentuada, a redução também aconteceu com CRAs: 63 ofertas em 2017 e 46 em 2018.
Estes dados dizem respeito aos títulos ofertados pela Instrução CVM 476, que é destinada a um número limitado de investidores. Quando se analisam as operações pela Instrução CVM 400, que incluem ofertas públicas tradicionais, voltadas a todos os públicos, as pessoas físicas permanecem como as principais compradoras desses títulos, muito por conta da isenção no Imposto de Renda.
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