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O processo de transição de um mundo com forte crescimento para um cenário em que o equilíbrio se estabelece em níveis mais baixos da atividade e taxas de juros mais altas está só no começo. A visão é da Verde Asset. Em carta divulgada a clientes, a gestora destacou que em maio os ganhos vieram de posições tomadas em juros na Europa, inflação implícita no Brasil e opções de petróleo e bolsa global.
Na contramão, as perdas foram por conta da exposição na Bolsa brasileira. O fundo Verde, da gestora comandada por Luis Stuhlberger, terminou maio com rentabilidade de 1,31%, acima da vista em abril, de 1,02%. No acumulado de 2022, a rentabilidade do fundo foi de 9,63%.
A gestora destacou que na sua estratégia, o fundo reduziu novamente posições tomadas em juros nos EUA e Europa. Mas que continuam comprados em inflação implícita no Brasil e em petróleo via opções.
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A Verde iniciou uma alocação comprada em real via opções, aproveitando a volatilidade implícita do mercado. As posições em bolsa ainda seguem concentradas em ações brasileiras.
Longe do equilíbrio
Segundo a Verde, o mês de maio trouxe mudanças no processo de reprecificação das taxas de juros globais. Antes o principal debate era a inflação, mas agora um novo componente se tornou relevante: a desaceleração do crescimento econômico.
A gestora acredita que o debate está só no começo. Prever um equilíbrio fica ainda mais complexo quando são somados fatores como choque nos preços de energia e a falta de sincronia com a economia Chinesa. “A busca por novos equilíbrios deve durar algum tempo ainda, e demandará uma postura dinâmica da gestão do portfólio”, destaca a Verde em carta mensal.
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Por conta da alta nos preço das commodities e o ciclo de juros adiantado, o Brasil acaba se beneficiando no curto prazo, na visão da Verde. Mas a gestora aponta o peso do risco fiscal, com medidas eleitoreiras que acabam colocando pressão nos prêmios de risco.
Apesar do desconto, a Verde reconhece que é um cenário difícil para as ações brasileiras. A gestora tem se beneficiado com alocação no real via opções, dado o enorme diferencial de taxas de juros.
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