FIIs vendem mais de R$ 80 milhões em imóveis nas últimas horas; confira quanto lucraram nas transações

As últimas horas foram movimentadas para o mercado de fundos imobiliários em termos de negociações de ativos. Desde a noite desta terça-feira (17), pelo menos três FIIs comunicaram a venda de imóveis. Juntas, as transações somam R$ 82 milhões.

O CSHG Renda Urbana (HGRU11) foi o responsável pela maior delas. A carteira vendeu uma loja alugada para a Arthur Lundgren Tecidos – que atua sob o nome de Casas Pernambucanas –, em Osasco (SP).

Pelo espaço, o fundo receberá R$ 37 milhões, equivalente a R$ 11.688,18 por metro quadrado. O espaço havia sido adquirido em novembro de 2020 por R$ 24 milhões – considerando custos de transação e benfeitorias.

De acordo com a equipe de gestão do HGRU11, o valor de venda é 54% superior ao total investido na loja e está 38% acima do preço sugerido no último laudo de avaliação – espécie de preço justo.

“Com isso, o negócio gerará um lucro em regime de caixa de R$ 12,9 milhões, equivalente a aproximadamente R$ 0,70 por cota”, destaca comunicado do fundo ao mercado.

Leia também:

• FIIs caem até 70% em 2023: afinal, fundos imobiliários podem falir e fazer investimento virar pó?
• GPA (PCAR3) vai devolver galpão alugado de FII em SP; confira impacto para o fundo

Já o FII RBR Properties (RBRP11) anunciou a venda do edifício SLB Somos, localizado na região de Santo Amaro, zona sul da capital paulista. O imóvel tem uma área bruta locável (ABL) de quase 11 mil metros quadrados e o fundo é dono de 50% do espaço.

Totalmente ocupado, o local foi negociado por R$ 57 milhões, valor que será pago em 36 parcelas mensais. Considerando o percentual de participação no imóvel, o fundo receberá o equivalente a R$ 28,6 milhões na transação.

Segundo cálculos da equipe de gestão, o negócio gerou um ganho de capital de R$ 1,25 por cota.

Finalmente, o Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) vendeu uma agência bancária atualmente locada para o Santander e localizada no bairro Vila Mariana, também em São Paulo (SP).

“A operação segue a estratégia do fundo de reciclagem de portfólio e deve gerar um lucro para o fundo e seus cotistas de R$ 4,6 milhões (R$ 0,40 por cota)”, explicou o time de gestores em fato relevante.

O valor bruto da venda ficou em R$ 16,88 milhões, equivalente a R$ 15.451,05 por metro quadrado.

Pelo acordo, o RBVA11 receberá um sinal de R$ 1 milhão até esta quinta-feira (19) e o saldo remanescente será quitado após superação das condições previstas no contrato.

Os gestores lembram ainda que o valor de venda do imóvel foi 41,9% acima do custo de aquisição e 8,6% acima do valor do laudo de avaliação.

Leia também:

• Dono de livraria vende tudo e se aposenta com dividendo de FIIs: “é preciso disciplina e consistência”